Morte de adolescente na orla do Guaíba ocorreu por provocações entre grupos rivais, diz Polícia

Morte de adolescente na orla do Guaíba ocorreu por provocações entre grupos rivais, diz Polícia

Autor do crime em Porto Alegre ainda é procurado pelos investigadores

Correio do Povo

Delegados relataram que provocações iniciaram confronto que terminou com a morte de adolescente

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A Polícia Civil anunciou na manhã desta quarta-feira a elucidação do caso do adolescente de 17 anos que foi esfaqueado e morto no final da noite de 29 de setembro deste ano na Orla Moacyr Scliar, perto da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Os três autores do crime foram identificados. Um menor de 17 anos e um jovem de 19 anos já estão presos, enquanto o executor da vítima, de 22 anos, encontra-se foragido. A delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ªDPHPP), e o delegado Thiago Albeche, da 1ª Delegacia de Polícia para o Adolescente Infrator, explicaram que o motivo do assassinato foi fútil. 

“Havia grupos de jovens já influenciados pelo álcool que passaram ambos a entoarem gritos que remetiam a grupos criminosos rivais. Em razão disso houve uma briga generalizada. A vítima veio a óbito por conta de um golpe de um instrumento contundente que ainda não tivemos êxito na identificação”, esclareceu a delegada Roberta Bertoldo. Antes de ser golpeada, a vítima levou chutes e garrafadas. O óbito foi constatado no Hospital de Pronto Socorro (HPS). O adolescente morto não tinha antecedentes criminais. 

Com base nos depoimentos de testemunhas, a titular da 2ªDPHPP revelou que foi a própria vítima que começou a provocação. “Os adolescentes se intitularam teoricamente de facções criminosas e começaram a se provocar. Devido ao uso disseminado de bebida alcoólica, eles iniciaram a briga”, acrescentou o delegado Thiago Albeche, lembrando que não ficou comprovado que os grupos de jovens efetivamente integrassem organizações criminosas. 

A análise das imagens das câmeras de monitoramento da prefeitura na área, realizada pela Polícia Civil em conjunto com o Instituto-Geral de Perícias, contribuiu para o esclarecimento do caso, inclusive como prova da participação individual de cada um dos três envolvidos. “Isso foi decisivo para o trabalho investigativo”, avaliou delegado Thiago Albeche. “As imagens foram fundamentais junto com os vídeos que circularam nas redes sociais, além do recebimento de denúncias anônimas. Identificamos então que foram realmente os autores”, complementou a delegada Roberta Bertoldo. 

A titular da 2ªDPHPP  destacou que o executor da vítima não estava participando da briga generalizada. “Ele chegou no meio e deu o golpe fatal. E está sendo agora procurado”, frisou. Qualquer informação sobre o paradeiro do foragido pode ser repassada, mesmo sob sigilo, para o telefone gratuito 0800-642-0121.


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