MPRS deflagra operação contra ex-dirigentes do Brasil de Pelotas

MPRS deflagra operação contra ex-dirigentes do Brasil de Pelotas

Suspeita é que houve para desvio e apropriação de recursos do clube de futebol

Correio do Povo
MPRS deflagra operação contra ex-dirigentes do Brasil de Pelotas

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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público gaúcho, investiga ex-dirigentes do Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas. A suspeita é que houve para desvio e apropriação de recursos do clube de futebol. Nesta quarta-feira, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão no município do Sul do Estado e em Contagem, no estado de Minas Gerais.

A decisão judicial que ordenou as buscas também decretou o bloqueio de valores e indisponibilidade de bens dos investigados, além de afastar o sigilo bancário deles. Chamada Operação Marcola, a ofensiva é decorre de um procedimento investigatório criminal instaurado no ano passado após a atual gestão do clube de futebol procurar o 10º Núcleo Regional do GAECO e a Promotoria de Justiça Especializada de Pelotas. A ação somou de 80 agentes do MPRS, Ministério Público de Minas Gerais e do 5º Batalhão de Choque da Brigada Militar.

As buscas ocorrem no estádio Bento Freitas, empresas, escritório de contabilidade e nas residências de três investigados. O objetivo foi apreender documentos, como contratos, pagamentos e notas fiscais, além de anotações diversas, dinheiro, celulares, notebooks e mídias digitais sobre irregularidades ocorridas entre o final de 2021 e junho de 2023. Desta forma, o MPRS pretende apurar o valor exato do prejuízo causado à agremiação esportiva.

Segundo a apuração, houve apropriação de parte de uma verba enviada para o time de Pelotas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), outra repassada por uma empresa patrocinadora do Brasil e uma terceira oriunda dos recursos provenientes dos sócios do clube. Dois dos suspeitos faziam parte da antiga administração e um terceiro é presidente de uma associação privada. A ordem judicial cumprida em Minas Gerais é referente a um dos suspeitos que, atualmente, mora neste Estado da Região Sudeste. O mandado no estádio ocorre apenas para verificar se há ainda algum contrato remanescente da antiga gestão, já que a atual foi quem denunciou os delitos.

A Operação Marcola tem esse nome em alusão a um torcedor ícone e que ganhou até uma estrela na calçada da fama do Bento Freitas: Argemiro Severo Gonçalves, o Marcola, falecido em 2002. “Temos preocupação constante no combate a associações criminosas, não somente aquelas que utilizam da violência e do tráfico de drogas, mas também aquelas associações criminosas que fraudam instituições públicas, instituições privadas e também entidades esportivas", declarou o coordenador do GAECO no RS, promotor de Justiça André Dal Molin.


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