Número de mortos em massacres de atiradores no Brasil chega a 34

Número de mortos em massacres de atiradores no Brasil chega a 34

Só no ataque desta quarta-feira em uma escola em Suzano, 10 pessoas foram mortas e 9 ficaram feridas

Ariadne Kramer

10 pessoas morreram em um tiroteio ocorrido na manhã desta quarta-feira na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano

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O massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo, que deixou 10 mortos e 9 feridos nesta quarta-feira, elevou para 34 o número de vítimas em ataques a tiros em locais públicos no país nas últimas duas décadas.

O atentado mais brutal segue sendo o da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Rio de Janeiro, em 2011. Desde 1999, contudo, foram registrados tiroteios em Goiânia, Campinas e São Paulo, além de outros casos de violência em instituições de ensino no Brasil.

Massacre de Realengo - 13 mortos

Antonio Scorza / AFP / CP Memória

Passava das 8h da manhã do dia 7 de abril de 2011, quando um ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro (RJ), invadiu a instituição de ensino e abriu fogo contra crianças e adolescentes. Doze estudantes com idades entre 13 e 15 anos morreram.

Segundo testemunhas, o homem baleou duas pessoas ainda do lado de fora da escola e entrou no colégio dizendo que faria uma palestra.

O autor dos disparos, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, foi baleado por um policial na perna e cometeu suicídio em seguida. As investigações apontaram que Wellington sofreu bullying na escola. Antes do atentado, o jovem costumava fazer muitas pesquisas sobre terrorismo.

Colégio Goyases - 2 mortos

Marcello Dantas / Folhaspress / CP Memória

Em 20 de outubro de 2017, um aluno de 14 anos do colégio Goyases, em Goiânia (GO), abriu fogo contra os colegas de sala. Ele usava uma pistola calibre 40 que era da mãe, uma policial militar.

Testemunhas relataram que o autor do ataque estava dentro da sala de aula e, no intervalo, tirou da mochila uma pistola e efetuou os disparos. Em seguida, quando ele se preparava para recarregar o revólver, foi convencido pela coordenadora a travar a arma.

Dois estudantes morreram e quatro ficaram feridos, incluindo uma menina que ficou paraplégica. O autor dos crimes alegou que sofria bullying na escola.

Catedral de Campinas - 6 mortos

Denny Cesare / Estadão Conteúdo / CP Memória

Em dezembro do ano passado, um homem abriu fogo dentro da Catedral Metropolitana de Campinas, na região central do município, provocando a morte de quatro pessoas e deixando outras três feridas. Após o ataque, o autor dos disparos cometeu suicídio. 

Durante o tiroteio na igreja, a polícia estava mobilizada para um roubo a banco no centro da cidade. Várias viaturas foram mobilizadas pela polícia para cercar a região.

De acordo com a Central de Operações da Polícia Militar (COPOM), o autor teria usado uma pistola e um revólver durante a ação. Segundo informações de testemunhas, o atirador estava sentado dentro da catedral em silêncio. O suspeito teria então se levantado e iniciado os disparos contra os fiéis. Ele foi identificado pela Polícia Civil como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, com (CNH) registrada em Valinhos (SP).

O Atirador do Cinema - 3 mortos

Caio Guatelli / Agência Estado / CP Memória

Em uma exibição do filme Clube da Luta, em 1999, no cinema 5 do Morumbi Shopping, em São Paulo, um estudante de medicina esperou a sessão começar para disparar contra o público que estava na sala.

Mateus da Costa Meira carregava uma submetralhadora na bolsa e, com a arma, matou três pessoas e baleou outras cinco. Ele foi imobilizado por um grupo de espectadores e preso em flagrante. O homem foi julgado quatro anos e meio depois e a defesa alegou que o mesmo tinha transtornos mentais e usava medicamentos controlados. A promotoria rebateu afirmando que ele estava em plena condição mental.

Ao fim do julgamento, o atirador foi condenado a 120 anos de prisão. Em 2007, a pena foi reduzida para 48 anos e nove meses de reclusão. No período em que ficou na cadeia, Mateus tentou matar um companheiro de cela a tesouradas.

Outros casos

Além dos massacres a tiros em locais públicas, outras escolas foram palco de atos de violência. O mais emblemático e trágico ocorreu em outubro de 2017, quando oito crianças e uma professora morreram após um segurança colocar fogo na creche Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente em Janaúba, no Norte de Minas Gerais. Após o ato, o vigia colocou fogo em si mesmo. 


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