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Perícia conclui que autor da chacina em escola infantil em SC tinha plena capacidade do ato

Fabiano Kipper Mai, 18 anos, matou cinco pessoas na escola Pró-Infância Aquarela, na cidade de Saudades

Ataque ocorreu na manhã de 4 de maio deste ano | Foto: Jocimar Borba / Estadão Conteúdo / CP Memória

A perícia médica oficial concluiu que o jovem Fabiano Kipper Mai, 18 anos, tinha plena capacidade de entender o caráter criminoso quando cometeu a chacina com cinco mortos na escola Pró-Infância Aquarela, na cidade de Saudades, em Santa Catarina. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado e o Judiciário agora decidirá se o acusado será julgado pelo Tribunal do Júri como requer a Promotoria de Justiça. O autor do crime permanece recolhido no sistema prisional.

Na chacina, ocorrida na manhã do dia 4 de maio deste ano, foram mortas a professora Keli Adriane Aniecevski, 30 anos; a agente educadora Mirla Amanda Renner Costa, 20 anos; além dos bebês Sarah Luiza Mahle Sehn, de um ano e sete meses; Anna Bela Fernandes de Barros, de um ano e oito meses; e Murilo Massing, de um ano e nove meses. Uma quarta criança, um menino de um ano e oito meses, sobreviveu.

Conforme o MPSC, o exame pericial de sanidade mental do Instituto Geral de Perícias (IGP) foi anexado ao processo judicial nesta terça-feira. “Em resumo, a perícia constatou que, ao tempo do crime, o acusado tinha sua capacidade de determinação e entendimento preservadas e possuía a plena capacidade de entender o caráter criminoso do fato”, explicou em nota oficial.

“A perícia também indicou que existe transtorno mental, porém, segundo análise pericial do IGP, este transtorno não comprometeu a imputabilidade penal do acusado relacionada à época dos fatos. A perícia constatou que o acusado sofre, atualmente, de distúrbio psiquiátrico, mas que à época dos fatos, esses sintomas vivenciados não comprometeram sua autonomia e rotina diária”, acrescentou no comunicado. “Ainda, segundo a perícia, Fabiano apresentava estado mental, emocional e de comportamento congruentes com capacidades cognitivas à época”, observou o MPSC.

O MPSC, agora, dentro do prazo legal, irá analisar as conclusões do Laudo Pericial. “Sem prejuízo dessa análise, a Promotoria de Justiça segue vigilante para que o acusado possa responder por seus crimes e que a justiça possa ser feita, com sua integral condenação nos termos em que denunciado”, informou.

O caso é acompanhado desde o início pela Promotoria de Justiça de Pinhalzinho e conta com o apoio, na condição de assistentes técnicos, de médicos psiquiatras do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para os subsídios científicos necessários a se garantir o adequado tratamento ao caso. A Polícia Civil indiciou-o por cinco homicídios triplamente qualificados e uma tentativa de homicídio triplamente qualificada. 

Correio do Povo