Polícia estima que três homens ainda estejam foragidos após assalto em Porto Xavier

Polícia estima que três homens ainda estejam foragidos após assalto em Porto Xavier

Operação que busca quadrilha que assaltou agência bancária já prendeu três suspeitos

Henrique Massaro

Representantes da Polícia Civil e da Brigada Militar detalham operação

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A Polícia Civil e a Brigada Militar (BM) estimam que ainda estejam foragidos três homens envolvidos no assalto ao Banco do Brasil de Porto Xavier, no Noroeste do Estado, ocorrido na quarta-feira passada e na morte do policial militar Fabiano Heck Lunkes, na madrugada de quinta. Em entrevista coletiva na tarde deste domingo em Campina das Missões, as forças de segurança pública confirmaram a prisão de três suspeitos e a morte de uma quarta pessoa após tentativa de furar o cerco e confronto com os policiais. As buscas continuam em uma região de mata de 26 hectares, onde o restante da quadrilha ainda deve estar escondida.

Durante a entrevista coletiva, foi confirmada a participação de um policial militar da reserva no assalto ao Banco do Brasil. Ele é suspeito de ter prestado um apoio logístico ao restante dos criminosos. De acordo com o delegado Heleno dos Santos, o homem teria feito levantamento da agência bancária e da movimentação policial no local, além de ter cedido um sítio em Porto Xavier, no qual a quadrilha ficou durante alguns dias antes do roubo. Ele foi autuado em flagrante na tarde de sábado.

Segundo o delegado, das três pessoas presas, duas eram moradoras de Porto Xavier e tinham participação na logística do crime e uma, da Região Metropolitana de Porto Alegre, teve atuação direta no assalto. Ainda conforme Oliveira, a Polícia Civil tem indícios que haja uma ligação dessa quadrilha com um grupo responsável por uma tentativa recente de roubo a banco em São Nicolau, município vizinho. O comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) Fronteira Noroeste, Alexandre Brite, disse que a BM trabalha com a hipótese de cinco pessoas terem participado diretamente do momento do crime, ou seja, fazendo com que restem três indivíduos foragidos.

Denúncias foram fundamentais, afirma BM

O tenente-coronel afirmou que o homem ainda não-identificado morto em troca de tiros com a BM na manhã de domingo estava com um fuzil e munição reserva. “Ocorreu no ambiente do cerco, nosso Bope estava na incursão na mata e, com o deslocamento deles, o delinquente se obrigou a se evadir da mata e foi em direção ao perímetro. Se encontrou com a guarnição do 4º Batalhão, houve o confronto e o indivíduo faleceu”, explicou Brite, que ainda ressaltou que, no sábado, as denúncias da população foram fundamentais para efetuar as prisões dos outros suspeitos.

Um dos homens, de 53 anos, foi preso em Porto Lucena quando tentava comprar alimentos e medicamentos com uma nota de R$ 100 molhada. Achando a situação estranha, o comerciante chamou a polícia. Capturado, o indivíduo forneceu informações sobre a organização da ação criminosa e indicou o esconderijo, no interior de Porto Xavier, onde foram presos outros dois suspeitos. O subcomandante-geral da Brigada Militar (BM), coronel Carlos Alberto Prado de Andrade, afirmou a pessoa presa em Porto Lucena ter conseguido evadir do cerco é algo que pode acontecer. Ele comparou esse tipo de operação a um tabuleiro de xadrez e afirmou que os policiais continuam trabalhando com força total na região, fazendo também a proteção das residências localizadas nas proximidades. Qualquer movimentação estranha observada por moradores deve ser comunicada às autoridades pelos telefones 190 ou 197.

A coletiva, em Campina das Missões, tinha a previsão da presença do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, da chefe da Polícia Civil, Nadine Anflor, e do comandante da Brigada Militar, Mario Ikeda. A aeronave que realizaria o transporte até a cidade, no entanto, apresentou uma pane elétrica.


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