Polícia Federal faz operação e prende "Sheik dos Bitcoins" em Curitiba
Acusado de fraude bilionária com criptoativos, ele é acusado de descumprir medidas cautelares diversas da prisão impostas pela Justiça Federal
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A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira o empresário conhecido como "Sheik dos Bitcoins" em Curitiba, no Paraná. Houve a constatação de que ele descumpriu medidas cautelares diversas impostas pela Justiça Federal, após a deflagração da primeira fase da operação Poyais, que foi deflagrada no dia 6 de outubro passado. Entre as restrições, ele não poderia continuar a administrar as empresas e praticar atos de gestão no interesse de seu grupo econômico.
Os agentes cumpriram um mandado de prisão preventiva e outros dois mandados de busca e apreensão em decorrência do aprofundamento da investigação, que apura fraude com criptoativos com esquema de pirâmide financeira que pode chegar a R$ 4 bilhões somente no Brasil. Estão sendo investigados os crimes contra a economia popular e o sistema financeiro nacional, de estelionato, de lavagem de capitais e de organização criminosa. As ordens foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba.
A partir de diligências, os policiais federais identificaram que "Sheik dos Bitcoins", dias após a ação em outubro, passou a realizar encontros frequentes, em sua mansão em Curitiba, com funcionários de suas empresas. Uma das empregadas é a gerente financeira de seu grupo, enquanto um outro é o responsável pelo designer gráfico das plataformas virtuais criadas para prática das fraudes.
Conforme a Polícia Federal, o grupo criminoso, além de promover as fraudes, confeccionava e comercializava plataformas e sistemas virtuais para terceiros interessados na prática de crimes semelhantes.
Recentemente, na operação Bad Bots, houve a condenação de duas pessoas responsáveis por crimes contra o sistema financeiro a partir de fraude envolvendo a comercialização de criptomoedas. Com o avanço das investigações, a Polícia Federal comprovou que o sistema virtual foi criado e mantido pela organização criminosa dirigida por "Sheik dos Bitcoins".
“Por conta disso, considerando a atualidade e periculosidade das ações do investigado, o qual, mesmo solto, continuou a criar e gerir plataformas virtuais usadas para promoção de esquemas de pirâmides financeiras, a prisão preventiva foi decretada pela Justiça Federal também para garantia da ordem pública e econômica, buscando-se, assim, o fim da atividade delitiva”, informou a Polícia Federal.
“As investigações da Operação Poyais continuam, não apenas para cessação das atividades criminosas, mas também para a elucidação da participação de todos os investigados nos crimes sob apuração, bem como o rastreamento patrimonial para viabilizar, ainda que parcialmente, a reparação dos danos gerados às vítimas”, complementou a instituição.
