O secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, declarou nesta quarta-feira que o Estado vive um cenário de guerra irregular, o que não permite um enfrentamento comum à criminalidade. Segundo ele, 119 pessoas morreram na megaoperação contra o Comando Vermelho, sendo que quatro mortes são de policiais civis.
"O que todos precisam entender é que o Rio de Janeiro vive um cenário de guerra. O que as polícias do Rio enfrentam é uma guerra irregular, assimétrica. Eu desafio qualquer corporação policial do mundo a enfrentar o que estamos enfrentando. FBI, Mossad ou qualquer outra força policial”, disse Felipe Curi em coletiva realizada na Cidade da Polícia.
Conforme Curi, há um número elevado de prisões, o que demonstra que quem decidiu se render foi preso. O secretário relatou que foram feitas 113 prisões, sendo que 33 são de pessoas de outros estados. “Cumprimos mandados de prisão até do estado do Pará. Tivemos 118 armas apreendidas, a grande maioria fuzis, 14 artefatos explosivos, centenas de carregadores e toneladas de drogas, que ainda estão sendo contabilizadas”, comentou.
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Curi ressaltou que o confronto com os criminosos se deu em uma área de mata porque fazia parte do planejamento das corporações. “Fizemos essa manobra tática para evitar qualquer dano a moradores das comunidades. Houve confronto das 6h até as 21h do dia 28. Encontramos criminosos vestindo roupas camufladas. Temos muitas imagens que mostram isso”, garantiu. “Foi o maior baque que o Comando Vermelho sofreu na sua história”, acrescentou.