Seis assaltantes de banco são presos pela Polícia Civil em operação no RS e SC

Seis assaltantes de banco são presos pela Polícia Civil em operação no RS e SC

Quadrilha atacou em março deste ano uma agência bancária na avenida do Forte, no bairro Vila Ipiranga, em Porto Alegre

Correio do Povo

Mais de 50 ordens judiciais foram cumpridas pelo Deic com apoio da Brigada Militar

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A Polícia Civil prendeu seis assaltantes de banco na manhã desta quinta-feira com a deflagração da operação Intocáveis pela 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos (1ªDR) do Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic). A ação contra a quadrilha teve apoio da Brigada Militar e da Polícia Civil de Santa Catarina, sendo mobilizados 150 policiais no total.

Houve o cumprimento de mais de 50 mandados de busca e de apreensão contra os suspeitos nas cidades de Porto Alegre, Gravataí, Canela, Canoas, Alvorada, Viamão e Cachoeirinha, além do município catarinense de Jaguaruna. Documentos, telefones celulares e um Volkswagen Gol, bem como um rádio comunicador, pequena porção de maconha, munições, duas pistolas calibre 380 e um revólver calibre 38.

Em Canela, os alvos foram imóveis identificados como sendo do patrimônio de um dos presos em flagrante. Entre os detidos está um policial militar da reserva, localizado em Cachoeirinha. A Coordenadoria de Recursos Especial (CORE) da Polícia Civil do RS atuou na execução das ordens judiciais em Jaguaruna, onde outro suspeito foi capturado.

Os criminosos são acusados de envolvimento no roubo da agência do Santander, ocorrido no dia 16 de março deste ano na Avenida do Forte, no bairro Vila Ipiranga, em Porto Alegre. No assalto, várias pessoas foram feitas reféns pelos bandidos armados.

Agentes da 14ª DP, que fica na mesma região, intervieram e quatro ladrões foram presos em flagrante. Um dos suspeitos, ao tentar empreender fuga do local com um simulacro de arma de fogo, acabou baleado e morreu. Duas pistolas, dois revólveres, munições e um carro, entre outros, foram apreendidos na ocasião.

Durante as investigações, a equipe da 1ª DR encontrou então indícios da participação de, ao menos, outros quatro envolvidos no ataque bancário e que tinham fugido do local após o roubo.

“À primeira vista, impende destacar, que o sucesso na descoberta de indícios de autoria, para outras pessoas, deu-se em virtude do perfeito alinhamento de trabalho entre a Polícia Civil, Ministério Público e Poder Judiciário. Sem a análise e o deferimento de medidas cautelares, de forma rápida, por certo que a investigação criminal não teria evoluído ao ponto que chegou”, destacou o delegado João Paulo de Abreu.

“Desta forma, por meio de uma série de diligências, foi possível identificar que os autores imediatos do crime (presos) contavam com o apoio logístico e operacional de outras pessoas, as quais permaneceram fora da agência bancária e outras, até mesmo, distante do local imediato do crime”, observou.

“Além da presença dessas pessoas, ter sido evidenciada por meio de imagens de monitoramento, foi possível verificar que o grupo criminoso utilizava recursos tecnológicos para suas comunicações, sendo possível, portanto, definir de forma clara e objetiva, quem se fazia presente, na parte externa da agência (quatro indivíduos) e também, aquele responsável, mesmo à distância (policial militar, da reserva), em princípio, por fornecer informações privilegiadas sobre a reação das forças policiais à ocorrência do crime”, complementou o delegado João Paulo de Abreu.

O nome da operação remete a um grupo criminoso que atuava no Rio Grande do Sul, na dinâmica de "roubos mediante rendição de funcionários", sendo que se consideravam intocáveis.

Em um comunicado, a Brigada Militar esclareceu que o policial militar aposentado que foi preso na ação é um 2° sargento da reserva que, segundo as investigações, participou da execução de, no mínimo, um assalto. Com ele estavam as duas pistolas de calibre 380. Ele foi encaminhado ao presídio militar, em Porto Alegre.

A Corregedoria-Geral da Brigada Militar, além do serviço de inteligência da BM, participaram da operação. A instituição lembrou que realiza a Operação Angico, voltada à repressão e prevenção de roubos a instituições financeiras em todo Estado do Rio Grande do Sul. 

Foto: PC / Divulgação / CP


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