Sorteados 160 jurados que serão intimados para comparecerem no primeiro dia do júri do Caso Becker
No próximo dia 27 serão escolhidos os sete entre eles que irão compor o Conselho de Sentença
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A 11ª Vara Federal de Porto Alegre sorteou na tarde dessa segunda-feira os 160 jurados que serão intimados a estarem no primeiro dia do júri do caso do assassinato do médico Antônio Becker. Na data do julgamento, no próximo dia 27, serão escolhidos os sete jurados entre eles que irão compor o Conselho de Sentença. A escolha foi realizada entre as 1.309 pessoas cadastradas na lista de jurados.
O julgamento dos quatro réus acusados de matar o ex-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers) será presidido pelo juiz Roberto Schaan Ferreira. A previsão é que a sessão dure quatro dias. Os acusados que respondem por homicídio qualificado são um médico apontado como o mandante do crime, um ex-assistente dele, um traficante e o executor.
A sessão de julgamento, que tinha sido agendada para acontecer em agosto do ano passado, foi suspensa pelo magistrado para atender pedido do Ministério Público Federal (MPF), autor da ação, em função de um laudo pericial juntado aos autos por uma das defesas poucos dias antes do início do júri.
O médico Marco Antônio Becker foi baleado por dois homens em uma moto no dia 4 de dezembro de 2008, quando caminhava até seu veículo. O crime aconteceu por volta das 22h, na rua Ramiro Barcelos, no bairro Floresta, em Porto Alegre.
Em dezembro de 2013, a denúncia foi recebida pela Justiça Federal, iniciando uma nova ação penal, depois que o processo já havia tramitado na Justiça do Estado. O conflito de competências foi decidido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) com base na alegação de que o homicídio teria sido motivado pela atuação da vítima junto ao Conselho Regional de Medicina (Cremers) e a sua suposta influência no Conselho Federal de Medicina.
O MPF denunciou oito pessoas, sendo que seis delas por envolvimento direto na morte do ex-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers). Outros dois homens foram acusados de prestar falso testemunho.
Em janeiro de 2019, a 11ª Vara Federal da Capital pronunciou quatro réus. Após analisar todo o conjunto probatório anexado aos autos, o juiz federal Roberto Schaan Ferreira entendeu existirem provas de materialidade e indicativos de autoria ou participação suficientes para pronunciar quatro dos acusados pelo crime de homicídio qualificado.
