Suspeito de participação em homicídio é preso pela polícia gaúcha em SC

Suspeito de participação em homicídio é preso pela polícia gaúcha em SC

José Vilmar dos Santos Rocha é tio da ex-companheira da vítima, apontada como mandante do crime, ocorrido em Porto Alegre no ano de 2012

Marcel Horowitz

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O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil anunciou, nesta quarta-feira, a prisão de José Vilmar dos Santos Rocha, vulgo "Zé Barbudo", de 70 anos, apontado como um dos autores do homicídio do ex-funcionário do Sicredi Marcelo Henrique Prade, em maio de 2012, em Porto Alegre. O foragido, natural de Tapes, foi capturado ontem no município de Itapema, em Santa Catarina.

As investigações revelaram que o idoso contratou Elisandro Rocha Castro da Silva para executar o crime. Ele também é tio da psicóloga Lisiane Rocha Menna Barrete, então noiva da vítima e condenada, em março de 2022, a 18 anos de reclusão, por ter sido a mandante. Contudo, a defesa da ré recorreu, requerendo novo julgamento, através do qual fossem todos os réus julgados no mesmo ato. A alegação foi acolhida pela Justiça e a condenação dela foi anulada. Desde então, Lisiane e Elisandro respondem em liberdade.  

Marcelo foi encontrado morto em casa, com mãos e pés amarrados, olhos e boca vendados, sinais de estrangulamento e enrolado em um tapete. Na ocasião foram levados pertences da casa da vítima, o que sugeriria, inicialmente, que o crime se tratava de latrocínio. A Polícia Civil, no entanto, descobriu que a noiva dele havia ordenado o assassinato, motivada pelo interesse nos bens do companheiro e também pelo valor do seguro de vida dele.

Conforme o delegado Gabriel Casanova, titular da Delegacia de Capturas, a família do foragido chegou a registrar o desaparecimento dele, no mesmo ano do crime, alegando que ele sofria de problemas psicológicos. "Ao contrário do que a família alegava, o indivíduo foi surpreendido no momento em que varria a frente da casa onde estava morando, totalmente são e consciente", declarou Casanova, que coordenou a ação. 

O delegado destacou também que foi encontrado com o foragido um documento de identidade em nome de "Josué Barbosa da Silva", expedido no estado catarinense. "Possivelmente o foragido utilizava esse nome falso e pretendia se manter impune", concluiu.


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