Tenente da reserva da BM é denunciado por estupro e homicídio de sobrinho em Porto Alegre

O juízo da 1ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre julgou procedente nessa terça-feira a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e pronunciou um tenente da reserva da Brigada Militar pelo homicídio duplamente qualificado (mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a ocultação de outro crime) e estupro de vulnerável de um sobrinho, com 12 anos na época dos crimes. O réu será julgado pelo Tribunal do Júri, cuja data ainda não foi definida.

Conforme a denúncia do MPRS, assinada pela promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari, entre os dias 29 e 30 de novembro de 2016, na casa onde morava toda a família, em Porto Alegre, o brigadiano teria estuprado o menino. 

A mãe da vítima, que, inconformada com a indicação do inquérito da Polícia Civil de que o filho teria se suicidado, procurou o MPRS. Ela informou que o menino apresentou comportamento estranho antes de ir dormir, e ele tinha passado as últimas horas sozinho em casa com o tio. 

Após a morte, o oficial da BM sugeriu que gostaria de ficar com as cuecas da vítima, o que levantou as suspeitas da mãe contra ele. O MPRS ouviu uma testemunha que informou também ter sido vítima de estupro pelo réu quando tinha 11 anos.

Ao retomar as investigações, o MPRS concluiu que o tenente da BM estuprou a criança e, em seguida, para ocultar o delito, executou a vítima enquanto ela dormia. O policial militar manipulou a cena do crime para sugerir suicídio.