Três réus são condenados por assassinato de empresário em supermercado de Porto Alegre

Três réus são condenados por assassinato de empresário em supermercado de Porto Alegre

Um acusado foi absolvido; caso ainda tem um quinto réu, que não foi julgado

Rádio Guaíba

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Três dos quatro réus pelo assassinato do empresário Marcelo Oliveira Dias, executado por engano no estacionamento de um supermercado, em Porto Alegre, há quase seis anos, foram condenados na madrugada deste sábado. A sentença foi proferida pelo juíz Tadeu Trancoso após 17 horas de trabalhos no Foro Central da Capital.

Rafael Panosso de Albuquerque, que confessou o crime perante os jurados, pegou a maior pena: 50 anos e 9 meses de prisão por homicídio, tentativa de homicídio, associação criminosa e receptação. Bruno Teixeira (47 anos e 9 meses) e Carlos Henrique Duarte (31 anos e 8 meses) também foram considerados culpados nos mesmos crimes.

Enquanto isso, Geovani Bueno Antunes foi absolvido das acusações. Ele, assim como os demais réus, respondia ao processo atrás das grades. A denúncia do Ministério Público no caso tem um quinto acusado: Fábio Fogassa, que será julgado em uma outra data. Uma adolescente, envolvida no caso, cumpre medida socioeducativa de internação.

Depoimentos

Apontado como o mandante da execução, Bruno Teixeira foi o primeiro a falar. Ele negou todas as acusações. Já Carlos Henrique Duarte admitiu que atirou na porta traseira do carro. Geovani Bueno Antunes, por outro lado, reiterou que sequer esteve no mercado onde o crime aconteceu no dia da execução.

Último a falar, Rafael Panosso de Albuquerque confessou ter atirado por engano no empresário após ter sido induzido ao erro pela adolescente a quem ele pediu ajuda para identificar o homem que seria alvo dos tiros. Ele disse que Bruno e Geovani não tiveram envolvimento na emboscada que resultou na morte do empresário.

Relembre o caso

O empresário Marcelo Oliveira Dias tinha 44 anos quando foi assassinado a tiros, dentro de um carro, no estacionamento de um supermercado. Ele estava na companhia da filha, de apenas quatro anos, que foi atingida com um disparo no rosto. Ela sobreviveu. À época dos fatos, a Polícia Civil apurou que o verdadeiro alvo dos executores era um traficante.

Dimas, como era conhecido, tinha uma rixa com Rafael – condenado pelo crime nesta madrugada. O veículo de Marcelo foi apontado aos criminosos por uma adolescente, que conhecia o alvo dos suspeitos. Todos os envolvidos no caso ressaltaram que não viram a criança dentro do carro, e que não tinham a intenção de feri-la


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