"É praticamente impossível impedir", diz governador do AM sobre mortes de presos

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo falou sobre a crise nos presídios em Manaus, que deixou em 48 horas ao menos 55 detentos mortos. Ao ser questionado sobre medidas que pudessem evitar os massacres na capital amazonense, Lima afirmou que os ataques dificilmente poderiam ser evitados. "É praticamente impossível você impedir uma situação dessas, porque foram detentos do mesmo pavilhão", resumiu. 

O governador, no entanto, salientou que mesmo com os ataques nas casas prisionais, nenhum detento fugiu dos locais, assim como nenhum agente das prisões sofreu ferimentos. "O que eu garanto é que o sistema está controlado. Não houve nenhuma fuga, nenhum agente penitenciário ferido, nenhum policial ferido", enfatizou. 

Nesta terça-feira, o governo de Manaus pediu a transferência de nove possíveis autores dos massacres. Lima sinalizou que antes mesmo da transferência, os presos suspeitos de orquestrar os ataques já estavam separados dos demais. "(Os presos) estão sendo separados. Lá nós temos alas separadas, tem como eles ficarem isolados", explicou. 

Questionado sobre as condições das prisões no Amazonas, Wilson Lima afirmou que as unidades de segurança se encontram nas mesmas condições que as demais no País. "Como em qualquer outro Estado. Em todos no Brasil, as unidades prisionais hoje sofrem com o mesmo problema: a superlotação", concluiu. 

Na segunda-feira, o governo confirmou que uma força-tarefa iria ser enviada ao Amazonas para ajudar a conter a crise. Lima enfatizou a importância do apoio. "O grupo de intervenção está indo para dar reforço. Eles vêm com uma estrutura maior e com um bom número de pessoas", esclareceu.