Alcolumbre diz não conhecer Paulo Guedes, mas afirma que está de portas abertas

Alcolumbre diz não conhecer Paulo Guedes, mas afirma que está de portas abertas

Presidente do Senado declarou que prioridade é a votação da Reforma da Previdência

AE

Davi Alcolumbre venceu com 42 votos

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Eleito presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AL) disse que, apesar de não conhecer o ministro da Economia, Paulo Guedes, está com as portas abertas para "tocar com celeridade as proposições do governo", disse. Alcolumbre diz que considera a reforma da Previdência algo fundamental ao País. "Não tenho dúvida que a prioridade será votarmos a reforma da Previdência", afirmou.

O novo presidente disse que o Senado é a Casa do entendimento, do diálogo. "O governo vai enviar sua pauta e vão ser feitas avaliações pelas comissões pertinentes", afirmou. "Os brasileiros apresentaram para o Brasil um novo Congresso", disse. Em relação ao imbróglio que levou os senadores a anularem a primeira votação deste sábado, o novo presidente da Casa afirmou que irá determinar apuração para saber se houve ou não intenção de fazer uma fraude. "Por enquanto, há uma suspeita e vamos apurar esse assunto", disse.

"Parece que tem uma filmagem, precisamos apurar, avaliar", disse. Ele admitiu que a votação foi tumultuada, mas considerou que o Senado "saiu muito grande desse processo por cumprir a decisão judicial", disse. Na madrugada, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a votação fosse secreta e não aberta como a maioria dos senadores tinha votado anteriormente. No entanto, apesar do rito ter se mantido secreto, boa parte dos senadores revelaram o voto durante o pleito, inclusive mostrando as cédulas para as câmeras.

Ele confirmou que foi agendada uma reunião para terça-feira para discutir a proporcionalidade da Casa com os líderes partidários, o que deve determinar a distribuição de cargos na Mesa Diretora e comissões. Em relação à senadora Katia Abreu (PDT-TO), que protagonizou uma cena curiosa com Alcolumbre na sessão de sexta-feira, ele afirmou que a parlamentar é uma amiga e que estará à disposição dela. A senadora pegou uma pasta da mesa diretora enquanto Alcolumbre presidia a sessão e, quando ele pediu que ela devolvesse, a senadora retrucou "vem tomar". Neste sábado, a ex-ministra da Agricultura o presenteou com um buquê de flores.

"Estamos vivendo outro momento, isso é uma página virada", disse. Sobre o principal adversário nesta eleição, Renan Calheiros (MDB-AL), Alcolumbre afirmou que vai telefonar para o senador e que a experiência dele "vai ser muito importante". "Assim como vou ligar para todos os senadores, a bandeira vai ser o diálogo", disse. "O Senado não pode parar, os senadores vão ter que fazer dessa casa o que o Brasil esperar."

Por fim, ele disse ainda que entrou na eleição para ganhar e que vai tentar pacificar insistentemente a Casa para que o diálogo seja o pano de fundo da sua administração. "O presidente do Senado Federal não tem partido, é o presidente de uma instituição".

Sobre o secretário-geral da Mesa do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello, Alcolumbre disse que ele é um servidor que tem ajudado muito o Senado. "Quero tomar decisões com os líderes", disse. O presidente em exercício do Senado, José Maranhão (MDB-PB) reconduziu Bandeira para o cargo de secretário-geral da Mesa do Senado. Ele havia sido destituído do cargo depois de editar um ato que determinava que o próprio Maranhão conduziria os trabalhos.

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