Aliados de Ibaneis avaliam que Aras quer mostrar serviço e que buscas são "estapafúrdias"

Aliados de Ibaneis avaliam que Aras quer mostrar serviço e que buscas são "estapafúrdias"

Procurador-geral da República pediu buscas da PF em casa e em escritório do governador e no Palácio do Buriti

R7

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Aliados do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), avaliam que a operação da Polícia Federal desta sexta-feira é "estapafúrdia". A pedido da Procuradoria-Geral da República e com a autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e no escritório de advocacia do governador, bem como no Palácio do Buriti, para investigar a responsabilidade de Ibaneis nos atos de vandalismo em prédios públicos de Brasília em 8 de janeiro.

Fontes ligadas a Ibaneis acreditam que o procurador-geral da República, Augusto Aras, tenta mostrar serviço ao novo governo. "Parece que o Aras acha que vai se manter no emprego e está agradando os poderosos de plantão", disse ao R7 um interlocutor de Ibaneis.

Kakay argumenta que não é uma questão política, mas de respeito aos direitos do advogado e dos que precisam se socorrer da advocacia. "Na verdade, é um atentado à estabilidade democrática. É assim que se instalam a arbitrariedade e o abuso contra o Estado democrático de Direito."

A Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB/DF) acompanhou as buscas no escritório de Ibaneis. "Como é imposição legal, [a OAB] acompanha casos em que a Justiça determina busca e apreensão contra escritórios de advocacia em vista de não serem feridas as suas prerrogativas profissionais e sempre no estrito cumprimento da ordem judicial. Assim fez, acompanhando a ação, especificamente, no escritório de advocacia, do qual, ressalta-se, o governador Ibaneis Rocha está licenciado por exercer cargo incompatível com a advocacia", disse a entidade, em nota.

Buscas encerradas

A Polícia Federal terminou as buscas em dois endereços ligados ao governador afastado após duas horas de investida. Os agentes da corporação cumpriram mandados de busca a apreensão na casa e no escritório de advocacia de Ibaneis.

Ibaneis está afastado do cargo desde 9 de janeiro por determinação do ministro Moraes. Ele é investigado por suposta omissão nos ataques aos prédios dos Três Poderes da República, em 8 de janeiro, promovidos por manifestantes extremistas contrários à vitória do presidente Lula nas eleições do ano passado.


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