Após decisão da Justiça, Jean Wyllys remove publicação contra Eduardo Leite

Após decisão da Justiça, Jean Wyllys remove publicação contra Eduardo Leite

Na postagem, o ex-deputado federal criticava a manutenção das escolas cívico-militares no RS e relacionava a decisão a sua sexualidade

Correio do Povo

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O ex-deputado federal Jean Wyllys (PT) apagou, após decisão judicial, a postagem em que criticava o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pela manutenção das escolas cívico-militares no RS, e relacionando à orientação sexual do tucano.

Na manhã de ontem, atendendo ao pedido do Ministério Público do Estado (MP-RS), a Justiça do RS determinou a retirada do tweet. O MP-RS pediu também, na última sexta-feira, a quebra de sigilo de dados do ex-deputado, estimando o prazo de cinco dias para o fornecimento. Em caso de descumprimento, a multa diária é fixada no valor de R$ 100 mil.

Por conta da publicação feita em 14 de julho, Wyllys é investigado por injúria contra funcionário público e por praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, ambos os delitos praticados nas redes sociais.

Confira a resposta do governador Eduardo Leite

Em sua manifestação, o promotor de Justiça, David Medina da Silva, afirmou que "é possível afirmar que, inobstante críticas ao governo sejam inerentes à democracia, Jean Wyllys ultrapassou os limites da liberdade de expressão" e que ele "ofendeu a dignidade e o decoro do governador do Estado, sobretudo considerando o alcance da publicação". 

As declarações de Wyllys levaram Leite a ingressar com uma representação contra o ex-deputado. "A exemplo do que fiz quando fui atacado com declarações homofóbicas por Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro, decidi ingressar com representação contra Jean Wyllys pelas falas preconceituosas e discriminatórias contra mim", escreveu o governador ao explicar a decisão.

Nas redes sociais, os dois discutiram depois que Wyllys chamou Leite de "gay com homofobia internalizada" e o governador rebateu com "manifestação deprimente. Lamento sua ignorância".


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