Bendine se encontrou duas vezes com Odebrecht para negociar propina, diz PF

Bendine se encontrou duas vezes com Odebrecht para negociar propina, diz PF

Ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras foi preso nesta manhã na 42ª fase da Lava Jato

Correio do Povo e AE

Bendine teria recebido R$ 3 milhões de propina, diz PF

publicidade

O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine, preso nesta quinta-feira, se reuniu duas vezes com Marcelo Odebrecht para negociar o recebimento de propina no valor de R$ 3 milhões, informou integrantes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal em entrevista coletiva em Curitiba no final da manhã. Os encontros ocorreram em São Paulo em janeiro e junho de 2015.

Aldemir Bendine foi preso nesta manhã em Sorocaba, no interior do São Paulo. A 42ª fase da operação Lava Jato cumpriu três mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão nesta quinta-feira. Além de Bendine, foram presos também os irmão André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior, donos de uma agência de publicidade. André Gustavo é apontado como o operador do esquema de propina.

O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras foi preso por volta de 6h desta quinta-feira. Ele será transferido para Curitiba, base da Operação Lava Jato. Os investigadores pediram a prisão de Bendine sob argumento de que ele pegou propina da empreiteira Odebrecht “na véspera” de assumir a presidência da estatal petrolífera - posto que ele assumiu em 6 de fevereiro de 2015, no auge da Lava Jato que, naquela época, já havia capturado ex-dirigentes da Petrobras, que ocuparam cargos estratégicos na companhia.

Na fase “Cobra” da Lava Jato, também foram detidos por ordem do juiz federal Sérgio Moro dois irmãos, apontados como “operadores” do esquema envolvendo Bendine.

Defesa

O advogado Pierpaolo Bottini, que defende Aldemir Bendine, afirmou que desde o início das investigações "Bendine se colocou à disposição para esclarecer os fatos e juntou seus dados fiscais e bancários ao inquérito, demonstrando a licitude de suas atividades". "A cautelar é desnecessária por se tratar de alguém que manifestou sua disposição de depor e colaborar com a justiça", disse Bottini.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895