Bolsonaro e Trump debatem OCDE e crise na Venezuela

Bolsonaro e Trump debatem OCDE e crise na Venezuela

Porta-voz brasileiro revelou pauta de encontro durante reunião do G20

AE

Porta-voz brasileiro revelou pauta de encontro bilateral

publicidade

O presidente Jair Bolsonaro e o colega norte-americano Donald Trump tiveram, nesta sexta-feira, uma reunião bilateral onde trataram de temas como a relação comercial entre os dois países, a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a situação da Venezuela.

"A OCDE foi tema nesse encontro, e falou-se também da Venezuela, dos aspectos que podem ser elevados por ambos os países para uma solução democrática e duradoura na Venezuela. Falou-se das possibilidades de apoio e interlocução entre os países sob o ponto de vista comercial e sob outros pontos de vista", disse o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros.

No final de maio, os Estados Unidos decidiram apoiar formalmente a entrada do Brasil na OCDE. O anúncio oficial do apoio foi dado durante a reunião do órgão, em Paris. Na ocasião, o presidente Bolsonaro postou no Twitter mensagem afirmando que o suporte norte-americano é "fruto da confiança no novo Brasil".
 

 

Também pela rede social, o perfil oficial da Casa Branca demonstrou apoio à agenda reformista na economia brasileira e ressaltou apoio ao Brasil em relação à situação da Venezuela. Governo norte-americano afirmou que Trump e Bolsonaro "estão ao lado do povo da Venezuela enquanto reivindicam democracia e sua liberdade", em declaração dada por meio do perfil do Twitter.

OCDE

O presidente Jair Bolsonaro ainda esteve com o secretário-geral da OCDE, José Angel Gurría Treviño, e, segundo o porta-voz, há uma expectativa "extremamente positiva" em relação a entrada do Brasil na instituição. "Existe uma seleção de países e há uma cronologia dessa seleção, mas o Brasil está muito bem posicionado, porque atende a maioria dos pré-requisitos que são apresentados por aquela organização", explicou.

O ingresso de um país ao grupo de nações que compõem a OCDE traz benefícios em vários setores, especialmente na atração de investimentos. Na agenda de Bolsonaro no Japão ainda teve um encontro com o presidente do Banco Mundial, David Malpass, e uma reunião informal do Brics, grupo de países que reúne Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul.

Encontro com Merkel 

Bolsonaro também se reuniu com a chanceler alemã, Angela Merkel, depois de ter sido criticado pela líder e rebatê-la de forma contundente. Antes do começo do G20, o presidente brasileiro respondeu às críticas de Merkel à política ambiental do Brasil. Merkel disse ver com grande preocupação as ações de Bolsonaro sobre desmatamento no Brasil e afirmou que abordaria o brasileiro sobre o tema nos corredores do encontro. Os dois não tiveram um encontro bilateral formal agendado.

Ao desembarcar em Osaka, no Japão, para o encontro do G-20, Bolsonaro contestou a chanceler alemã e disse que o País "tem exemplo para dar para a Alemanha" sobre meio ambiente. Ele também afirmou, depois, durante uma transmissão ao vivo na cidade japonesa, que não vai receber "pito" de ninguém. Foi uma referência a pressões internacionais envolvendo a questão ambiental no atual governo.

O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, confirmou que os dois tiveram uma conversa rápida e reservada nesta sexta-feira, mas não falou quais temas foram tratados na reunião. Ele afirmou que o tom do encontro foi "como deve ser o tom de conversa de dois líderes de dois países do mundo", sem dar mais informações à imprensa.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895