Bolsonaro questiona direitos humanos de médicos cubanos

Bolsonaro questiona direitos humanos de médicos cubanos

Presidente eleito afirmou que profissionais só recebiam "30% do salário e 70% ia para o governo de Cuba"

R7 e Agência Brasil

Bolsonaro questiona direitos humanos de médicos cubanos

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Após um café da manhã com o comandante da Marinha, Eduardo Bacellar, na manhã desta sexta-feira, no 1º Distrito Naval, no Rio de Janeiro, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) declarou que a situação dos direitos humanos dos cubanos do programa Mais Médicos era difícil, uma vez que os profissionais só recebiam "30% do salário e 70% ia para o governo de Cuba".

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Durante a entrevista com o miitar, Bolsonaro também afirmou que os cubanos que pedirem asilo político para ficar no Brasil serão acolhidos.

Pelo menos 150 médicos cubanos desertores do programa federal lutam na Justiça para poder prestar atendimento no Brasil de forma independente, fora do acordo entre Brasil e Cuba, ganhando salário integral.

Substituição no Mais Médicos

O Ministério da Saúde realiza nesta sexta-feira, uma reunião com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) para a definição da saída dos médicos cubanos do Mais Médicos e a entrada de profissionais brasileiros a serem selecionados por edital.

Serão abertas 8.332 vagas para preencher as vagas. Segundo nota enviada pela pasta “será respeitada a convocação prioritária dos candidatos brasileiros formados no Brasil seguida de brasileiros formados no exterior”.

Na última quarta-feira, o Ministério da Saúde de Cuba anunciou a retirada do programa Mais Médicos do país. O governo afirmou que a saída se deve às declarações de Bolsonaro sobre os médicos cubanos.

Bolsonaro rebateu em sua conta no Twitter dizendo que "Cuba fica com a maior parte do salário dos médicos cubanos e restringe a liberdade desses profissionais e de seus familiares".

Comando Militar

Depois da reunião com o comandante da Marinha, o presidente eleito também disse que não há definição por enquanto dos nomes para os três comandos das Forças Armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica. Segundo ele, as negociações estão em curso e há várias alternativas.

Bolsonaro afirmou que o general Augusto Heleno, designado para o Gabinete de Segurança Institucional, e o general Fernando Azevedo e Silva, que assumirá o Ministério da Defesa, coordenam as conversas com os atuais comandantes para buscar a definição.

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Segundo o presidente eleito, há bons nomes de generais 4 estrelas - o oficial mais graduado nas três Forças Armadas. Em Brasília, na última quarta-feira, Bolsonaro disse que pretende fechar todos os nomes dos novos ministros até o final deste mês.

O presidente eleito também reiterou que quer reduzir o número de ministérios de 29 para 15 ou 17, por meio de fusões de pastas.

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