CCJ da Câmara deve analisar recurso de Glauber Braga contra cassação nesta quinta-feira

CCJ da Câmara deve analisar recurso de Glauber Braga contra cassação nesta quinta-feira

Glauber alega que adotou uma reação 'proporcional' ao agredir um integrante do MBL que havia xingado sua mãe doente

Estadão Conteúdo
Glauber alega que adotou uma reação 'proporcional' ao agredir um integrante do MBL que havia xingado sua mãe doente

Glauber alega que adotou uma reação 'proporcional' ao agredir um integrante do MBL que havia xingado sua mãe doente

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pautou para esta quinta-feira, 24, em sessão às 9h, a leitura do recurso do deputado Glauber Braga (PSol-RJ) contra a decisão que recomenda a perda do mandato e a inelegibilidade por oito anos.

O documento de 94 páginas foi protocolado nesta terça-feira, 22. Em vídeo publicado nas redes sociais, Glauber se mostrou surpreso com a rapidez com que seu pedido entrou na pauta da comissão, afirmando não ter 'um dia de paz'. Segundo o regimento da Casa, a comissão tem até cinco dias úteis após ter o pedido protocolado para dar um parecer sobre o caso.

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No recurso, como mostrou a Coluna do Estadão, Glauber disse que adotou uma reação 'proporcional' ao agredir um integrante do MBL que havia xingado sua mãe doente, e que tem sido perseguido pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). Ainda segundo o parlamentar, não houve direito de defesa no processo e o relator do caso no Conselho de Ética, Paulo Magalhães (PSD-BA), teve postura 'sempre desejosa de uma condenação'.

Caso o recurso seja aceito, o processo vai retornar ao Conselho de Ética, onde será nomeado um novo relator. Caso não, a cassação segue o processo normal e será votada no plenário da Casa. Lá, é preciso que a maioria absoluta vote pela punição, ou seja, 257 deputados. Se o número não for atingido, o processo será arquivado e Glauber vai permanecer com o mandato.

Em protesto contra a decisão do Conselho de Ética, que votou pela cassação do mandato, por 13 votos a cinco, Braga fez uma greve de fome que durou nove dias. Entre 9 e 17 deste mês, ele dormiu no plenário de uma comissão da Câmara e fez a ingestão somente de água, soro fisiológico e isotônico. A greve só foi suspensa após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), prometer adiar a votação da cassação do parlamentar em plenário para o segundo semestre, por 60 dias.


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