CCJ só anunciará relator da Previdência depois da audiência de Guedes

CCJ só anunciará relator da Previdência depois da audiência de Guedes

Parlamentares esperam que ministro faça uma apresentação da PEC que altera o regime geral da pauta

AE

Audiência de Guedes na comissão está marcada para terça-feira

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O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), só vai anunciar o nome do relator da reforma da Previdência na comissão depois da ida do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao colegiado semana que vem.  A audiência de Guedes na comissão está marcada para terça-feira, às 14h.

Os parlamentares esperam que o ministro de Bolsonaro faça uma apresentação detalhada da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera o regime geral da Previdência e também do projeto de lei dos militares. 

A participação de Guedes na CCJ é considerada atípica e, na prática, só precisa ocorrer por causa da desarticulação do governo, uma vez que a comissão não analisa o mérito da proposta, apenas sua admissibilidade. A audiência com o ministro costuma ser na comissão especial, mas a oposição vem apresentando uma série de requerimentos para a convocação do ministro, o que foi transformado em convite. 

Na quinta-feira, após cancelar o anúncio do relator da Nova Previdência no colegiado, Francischini afirmou que o início da discussão da proposta na Câmara depende de o governo se organizar para montar uma estratégia de atuação na Câmara. 

Ele disse ainda que a ida do ministro Guedes à comissão deve ajudar a esclarecer dúvidas dos membros da CCJ. "Tenho ouvido de todos os membros e líderes que eles querem decantar os últimos acontecimentos políticos. A vinda da reforma dos militares. Isso gerou umas expectativas a mais e, agora, eles querem analisar o texto", disse na quinta-feira.

PSL escolhe coordenador na CCJ para traçar estratégia pela Previdência

O deputado delegado Marcelo Freitas (MG) foi escolhido pelo PSL para ser o coordenador da bancada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A função foi designada a ele para que os integrantes do partido tracem uma estratégia de defesa da reforma da Previdência no colegiado. A desarticulação do governo no Congresso tem minado as expectativas em relação ao andamento da proposta na Câmara. O péssimo ambiente político desta semana colocou em xeque a capacidade do governo de garantir a aprovação da matéria. De acordo com integrantes da comissão, o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), também vai atuar diretamente para fazer uma ponte entre o governo e os integrantes do colegiado para afinar o diálogo e convencer os deputados a partir das demandas individuais. A avaliação é de que é preciso dar celeridade política no trato com a base aliada para que haja um realinhamento do governo com a Câmara. 


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