CEEE Equatorial: proponentes de comissões criticam serviço, mas discordam do método de cobrança

CEEE Equatorial: proponentes de comissões criticam serviço, mas discordam do método de cobrança

Enquanto Miguel Rossetto (PT) busca uma assinatura para protocolar CPI, faltam duas para Edivilson Brum (MDB) instalar comissão especial

Rafael Renkovski

Presidente da CEEE Equatorial compareceu em reunião da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte

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Por diferentes estratégias na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, os deputados estaduais Edivilson Brum (MDB) e Miguel Rossetto (PT) buscam apurar os problemas das concessionárias de energia elétrica - CEEE Equatorial e RGE - no Estado. Enquanto o petista quer a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Brum, que faz parte da base governista, entende que o correto é a instauração de uma comissão especial sobre o tema. Apesar da divergência quanto ao método, as críticas às concessionárias geram concordância entre os deputados.

Na manhã desta quarta-feira, em reunião da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e Participação Legislativa Popular na Casa, o presidente da CEEE Equatorial, Riberto Barbarena, compareceu para prestação de esclarecimentos e apresentação das ações do grupo para mitigar os efeitos dos temporais. Rossetto, que necessita de uma assinatura para a instalação da CPI (proposição já conta com 18 de 19 assinaturas mínimas), argumenta que “passou o tempo da apresentação e entrou no tempo da investigação”, complementando que é a primeira presença de Barbarena em 15 audiências já realizadas sobre o assunto desde o ano passado.

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Para Brum, a “presença do presidente (da CEEE Equatorial) é tardia”, apesar de entender que ele “não precisa de convocação, mas de um convite”, portanto, “a CPI é a última coisa a ser feita”. Para a implementação da comissão especial, é preciso mais duas assinaturas, já que dispõe de 35 das 37 necessárias. Além disso, o emedebista fala que conta com o projeto de reestruturação da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), que será enviado ao Legislativo, e diz que “a própria Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) pode abrir processo de caducidade para que a CEEE Equatorial devolva a concessão.”

Por pouco mais de 20 minutos, na tarde da última terça-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) discursou na Assembleia e defendeu a privatização da CEEE, elevando os ânimos do público presente nas galerias. “O tema da privatização, assim como o do imposto, também suscita paixões. É compreensível, mas é importante ressaltar que tem viabilizado ao Estado recursos que são aplicados nas diversas áreas”, falou.

Rossetto criticou o pronunciamento do chefe do Executivo. “Eduardo Leite não fez uma menção de solidariedade ao povo gaúcho”, disse, questionando sobre o tempo que o governador ficou sem energia elétrica no Palácio Piratini em comparação aos moradores de outras localidades da Capital. “Vi ele visitando a CEEE. Governador de verdade chamar para prestar contas no seu gabinete”, opinou.

Discordando, Brum comentou que Leite “foi à população, participou ativamente com os prefeitos visitando a RGE, a CEEE Equatorial, fazendo ligações para a Agergs”. Ainda, o proponente da comissão especial afirmou que “a CEEE, quando pública, já vinha com essas dificuldades, mas que não tínhamos os efeitos extratropicais.”

*Sob supervisão de Mauren Xavier


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