CNJ analisa se vai proibir juízes de usar ChatGPT para fundamentar decisões

CNJ analisa se vai proibir juízes de usar ChatGPT para fundamentar decisões

Caso foi levado pelo advogado que foi multado pelo TSE em R$ 2.6 mil após apresentar à corte uma petição formulada pelo sistema

R7

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) analisa nesta quarta-feira (26) um pedido para proibir juízes de usarem a tecnologia do ChatGPT na confecção de atos processuais, como votos e decisões nos quais estejam atuando. 

O caso foi levado ao CNJ pelo advogado que foi multado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em R$ 2.604 por apresentar à corte uma petição formulada pela plataforma de inteligência artificial ChatGPT.

O advogado em questão apresentou o documento com o intuito de auxiliar o TSE em uma ação que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível devido à conduta dele em uma reunião com embaixadores estrangeiros, em julho do ano passado.

"Apesar do ChatGPT ser extremamente sedutor, o requerente sustenta que o magistrado não pode transferir seu poder/dever de julgar o caso concreto que lhe foi submetido, para colher uma avaliação limitada de um programa de inteligência artificial", diz um trecho do pedido.

O relator da ação, conselheiro João Paulo Schoucair, encaminhou o pedido para Comissão de Tecnologia da Informação e Inovação, que tem como presidente o conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho. 

No despacho, o relator lembrou que há uma norma do CNJ que determina que os órgãos do Judiciário devem informar previamente ao CNJ sobre qualquer pesquisa, desenvolvimento, implantação ou uso de tecnologias e/ou ferramentas que utilizem de inteligência artificial. 


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