Com Leite como atrativo, PSDB segue filiações de prefeitos visando 2024 no RS

Com Leite como atrativo, PSDB segue filiações de prefeitos visando 2024 no RS

Além dos chefes do executivo de Gravataí e Encantado, sigla projeta até quatro outras migrações

Felipe Nabinger

Eduardo Leite participou de ato de filiação do prefeito de Gravataí ao PSDB

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Com o governador Eduardo Leite como presidente nacional e principal nome do partido, o PSDB vem prospectando o ingresso de novas lideranças, já vislumbrando as eleições municipais no RS em 2024. A gestão de Leite, reeleito no ano passado, é vista como um "atrativo" para os novos quadros. Com novas filiações, o partido conta hoje com 31 prefeitos no Estado, muitos deles visando a reeleição. São os casos de Jonas Calvi, vindo do PTB em Encantado, e de Luiz Zaffalon, o Zaffa, de Gravataí, que migrou do MDB para o PSDB, em ato de filiação realizado nesta quinta-feira.

Além deles, a sigla trabalha a possibilidade de outras quatro filiações de prefeitos ou vices focando nas disputas municipais de 2024. Conforme o presidente estadual da legenda, deputado federal Lucas Redecker, a intenção é que as confirmações ocorram ao longo dos próximos meses ou até no início do próximo ano. Não está descartado, entretanto, que atos de filiação já ocorram junto ao "Diálogos Tucanos", evento itinerante pelo país com a presenta de Leite que, em Porto Alegre, ocorre no dia 29 de setembro.

No ato de filiação de Zaffa, na sede estadual do partido, no centro histórico da Capital, Eduardo Leite disse ser natural no RS "as pessoas acompanharem mais diretamente nossa forma de fazer política", ressaltando mais que a gestão, o que chamou de capacidade de mobilização em meio à polarização. Com a redução da bancada na Câmara Federal e perda da prefeitura e do governo de São Paulo, o governador gaúcho diz que o partido terá um desafio na manutenção das 512 prefeituras que conquistou no país em 2020.

"É mais sobre mantermos a resistência de uma forma de fazer política que o PSDB busca representar, a do bom senso, do equilíbrio, que não coloca brasileiros contra brasileiros", disse Eduardo Leite, ressaltando não ter, enquanto presidente nacional, uma meta traçada em número de Executivos municipais no próximo pleito. Enfatizou que, como governador, não faz distinções quanto aos partidos dos prefeitos.

A vinda de Zaffa é vista como uma possibilidade de chamar atenção de outros políticos para a sigla no interior e região Metropolitana, onde o partido perdeu a prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt, que ano passado ingressou no MDB. Além dos nomes já alinhados, mas não externados pelo partido, o PSDB iniciou conversas com o vice-prefeito de Canoas, Dr. Nedy Vargas (Avante), também cortejado pelo PL, e com o prefeito de Montenegro, Gustavo Zanatta (PTB), que mantém também conversas com o Podemos. 

Figura determinante

Zaffa ressaltou que a figura do governador e sua representatividade em âmbito nacional foram fatores determinantes para a mudança de partido. "A figura dele influenciou muito na minha escolha. Ele me ensina a cada dia que passa o que é inclusão, igualdade e uma sociedade moderna", afirmou o prefeito de Gravataí.

Ele ainda destacou a fuga dos extremos de Leite e do partido, não ficando nem à esquerda e nem à direita. "É um partido de centro, que trabalha com inteligência no desenvolvimento das políticas", afirmou o prefeito da quarta maior economia do Estado, que buscará reeleição.

O prefeito deixa o MDB em atrito com Marco Alba, que vai buscar seu terceiro mandato no município. Sem espaço no partido, Zaffa foi procurado por outras siglas e optou pelos tucanos.

Além de Leite, Redecker e lideranças partidárias tucanas e de outros partidos de Gravataí, prestigiaram o ato os deputados estaduais do PSDB gaúcho, Delegada Nadine, Kaká D'Ávila e Valdir Bonatto. 


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