Com Lula mais perto da prisão, direção nacional do PT faz reunião em SP
Encontro é para traçar as próximas estratégias do partido
publicidade
À tarde, a cúpula do partido em São Paulo também deve se reunir para definir uma manifestação na cidade. A ideia é denunciar supostas arbitrariedades no processo que condenou Lula e mostrar que o ex-presidente sofreu um julgamento político.
• PT critica decisão do STF e diz que hoje é "dia trágico para a democracia"
Logo após o voto da ministra Rosa Weber, considerada decisiva no caso, Lula, que acompanhou o julgamento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, comentuo com aliados que está cada vez mais distante de uma nova candidatura à Presidência. "Não iam dar o golpe para me deixarem ser candidato", comentou.
O comentário foi interpretado por lideranças petistas como uma confirmação de que Lula está fora da disputa eleitoral, apesar de o PT manter o discurso sobre a manutenção da candidatura à Presidência.
• Mesmo com rejeição de habeas corpus, início da prisão de Lula ainda não tem data
Julgamento
Após dez horas de julgamento, com duas pausas, o STF negou por 6 votos a 5 o habeas corpus da defesa de Lula. Votaram contra o petista o relator Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luis Roberto Barroso, Luiz Fux, Rosa Weber, considerada como o fiel da balança do julgamento, e a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. A favor de Lula votaram os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Celso de Mello, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski.
O ex-presidente foi condenado em primeira instância pelo juiz Sergio Moro a 9 anos e seis meses de prisão. Na segunda instância, os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) mantiveram a condenação e aumentaram a pena para 12 anos e 1 mês. Lula teve negado os recursos de embargos de declaração. No Superior Tribunal de Justiça não teve sucesso no habeas corpus.