Política

Cursinhos populares receberão investimento de R$ 108 milhões em 2026

Recursos serão destinados para apoio de até 500 cursinhos populares em todo o País no ano que vem

Lula está em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para fazer o anúncio do edital
Lula está em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para fazer o anúncio do edital Foto : Rodilei Morais / Fotoarena / Estadão Conteúdo / CP

O governo federal vai investir R$ 108 milhões em apoio a até 500 cursinhos populares em todo o País no ano que vem. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para fazer o anúncio do edital que prevê o investimento em encontro com alunos, professores e coordenadores da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP).

O chefe do Executivo está acompanhado dos ministros da Educação, Camilo Santana, da Fazenda, Fernando Haddad, do Trabalho, Luiz Marinho, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

A publicação do novo edital está prevista para dezembro. Com a nova chamada pública, o ministério da Educação pretende ampliar a rede de cursinhos que preparam estudantes de baixa renda a vestibulares para entrada em universidades, assim como fortalecer a estrutura de apoio técnico, garantindo mais oportunidades a estudantes em situação de vulnerabilidade social.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que a reserva de 50% das vagas nas universidades públicas corresponde a uma “reforma agrária”.

Ao lado do presidente, o ministro lembrou o programa de expansão das universidades públicas durante os primeiros governos de Lula e enalteceu a política das cotas sociais e raciais.

“Se a gente só dobrasse o número de vagas, ainda ia ficar muita gente para fora. E aí nós fizemos algumas coisas que estão sendo celebradas aqui entre 2007 e 2010”, afirmou.

Haddad continuou: “A primeira coisa foi reservar 50% das vagas para alunos de escola pública. Isso foi um passo, isso equivale a fazer uma reforma agrária inteira no ensino superior brasileiro. É você dividir com justiça. O aluno da escola particular não podia reclamar que ele ia ficar com menos, porque a gente já tinha dobrado o número de vagas”.

Ao contar as políticas sociais daquela década, quando foi ministro da Educação, ele disse que “o povo que não conhece a história corre o risco de tomar o atalho errado”. O petista reconheceu que o Brasil tem muito o que avançar, mas defendeu a valorização do que chamou de 'conquistas' e mencionou, como exemplos, o Programa Universidade para Todos (Prouni) e as políticas voltadas para universidades públicas.