Eduardo Leite tem menos da metade do secretariado indefinido

Eduardo Leite tem menos da metade do secretariado indefinido

Na última sexta-feira, governador eleito anunciou oito nomes. Faltam até 13. Negociações seguem com aliados políticos

Felipe Nabinger

Para Leite, o secretariado deve conseguir conciliar técnico e político. ‘Não existe uma coisa alternativa a outra’.

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A menos de uma semana da posse, no próximo dia 1º de janeiro de 2023, o segundo governo de Eduardo Leite (PSDB) tem menos da metade do secretariado indefinido. Dos 27 cargos possíveis no primeiro escalão, 14 já foram anunciados. Os dias que antecedem a recondução do governador eleito ao Palácio Piratini serão de conversas com os partidos que irão compor sua base, que já elencaram demandas, e devem ter o retorno.

Até agora, a maior parte das divulgações dos nomes do primeiro escalão restringiu-se a indicações da cota pessoal e técnicos, como os casos de Sandro Caron, na Segurança Pública, e Pricilla Maria Santana, na Fazenda. No final da tarde da sexta-feira passada, Leite anunciou mais sete nomes, sendo quatro de partidos: MDB (2), PP (1) e Podemos (1). Agora a tendência é que as articulações para contemplar as demais siglas que apoiaram o tucano desde o início da campanha ou após sua eleição se intensifiquem e secretários oriundos dessas siglas devem começar a aparecer.

MDB já tem duas pastas

Após divisão interna, que não se encerrou nem mesmo depois da vitória com vice Gabriel Souza, o MDB mentém duas pastas no governo de Ranolfo Vieira Júnior. Estima-se que o número deva ser, no máximo, ampliado para três secretarias. Na sexta-feira foram confirmados os nomes de Juvir Costella, que retorna à secretaria de Logística e Transporte, e Beto Fantinel, na Assistência Social. Como os dois são deputados estaduais eleitos, as suas indicações vão impactar na bancada na próxima legislatura da Assembleia, abrindo vagas para os dois primeiros suplentes. São eles: Rafael Braga Librelotto e Carlos Búrigo, que é deputado estadual, mas ficou na segunda suplência. 

Podemos fica com o Desenvolvimento Rural.

Com três pastas – Trabalho, Turismo e Articulação Política – na atual gestão, o Podemos pode perder espaço. Na sexta-feira, asigla foi contemplada com o comando do Desenvolvimento Rural, que terá como titular o deputado estadual eleito Ronaldo Santini. Ele ocupa atualmente a pasta da Articulação Política, que deixará de existir na reestruturação. Além disso, o deputado federal não reeleito Maurício Dziedricki está na lista dos cotados para assumir alguma pasta. Raphael Ayub, que está no Turismo, é bem visto pelo setor e pode seguir na pasta. No entanto, a secretaria foi uma das que o governo sinalizou passar ao PP, chegando inclusive a sondar o deputado estadual eleito Guilherme Pasin, ex-prefeito de Bento Gonçalves. Ele, porém, pretende cumprir seu mandato na Assembleia.

PP já tem o Desenvolvimento Econômico

Na última leva de anúncios, o PP foi contemplado. A sigla, que após ter candidato próprio no primeiro turno, o senador Luis Carlos Heinze, apoiou no segundo Onyx Lorenzoni (PL), retornará à base. Importante no primeiro governo de Leite, o partido elegeu nesta eleição sete deputados estaduais, compondo a segunda maior bancada da Casa.

Inicialmente, a sigla elencou interesse, entre outros, nas pastas do Desenvolvimento Econômico, Transporte, de Inovação e de Agricultura. Na sexta, o deputado estadual reeleito Ernani Polo foi confirmado no comando da secretaria do Desenvolvimento Econômico. Das demais, a pasta da Agricultura, que teve a deputada estadual reeleita Silvana Covatti e, antes, seu filho, o deputado federal reeleito Covatti Filho, foi desmembrada em outras duas pastas: Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação e  Desenvolvimento Rural, que foi entregue ao Podemos.

A estimativa é também pela recondução de Frederico Antunes à liderança do governo na Assembleia, função que assumiu no primeiro governo e da qual abdicou com a proximidade das eleições.


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