"Decisões do governo, e não eleições de 2020, definirão 2022", afirma Maia

"Decisões do governo, e não eleições de 2020, definirão 2022", afirma Maia

Para presidente da Câmara, decisões sobre teto de gastos e controle fiscal que governo terá que tomar terão mais impacto do que resultado das urnas

R7

Para Maia, teto de gastos e o déficit fiscal serão cruciais para a próxima eleição presidencial

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Para o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), as decisões econômicas que o governo federal terá que tomar nos próximos meses terão um impacto maior nas Eleições 2022 do que o resultado das Eleições municipais deste ano. 

"O resultado das eleições municipais no primeiro turno mostra o fortalecimento de partidos no espectro mais liberal na economia e de maior diálogo na sociedade, e o impacto para 2022 é sempre uma sinalização. Mas o impacto mais forte será das decisões que o governo irá tomar nos próximos seis meses", afirmou nesta segunda-feira.

Maia falou hoje em evento na Associação Comercial de São Paulo. Ele explicou que as decisões que o governo federal terá que tomar nos próximos meses sobre o teto de gastos e o déficit fiscal serão cruciais para a próxima eleição presidencial: 

"O governo vai ter que tomar decisões e escolher caminhos que não são fáceis. Não são caminhos com votações simples, e decisões simples por parte do governo, mas saberemos a força do governo federal assim que esse ciclo de votações começar nos próximos dias. Precisa ter uma clareza por parte do governo do que ele propõe. A matéria mais importante de todas que é a PEC Emergencial, de cortes e realocação de recursos nos orçamentos para não apenas atender um programa de transferência de renda, mas que possa olhar para a necessária redução do déficit primário brasileiro".

O deputado deu alguns exemplos de escolhas que o governo terá que fazer e que serão cruciais e urgentes neste momento. "O governo vai transferir abono salarial para renda mínima? Vai ter coragem de cortar a indexação de gastos de aposentadoria para sobrar para o renda mínima? O governo vai ter coragem de cortar auxílios de servidores, ou não? O governo vai precisar falar. O governo não pode, de forma nenhuma, transferir para o Poder Legislativo responsabilidades que cabem àquele que vencem as eleições para comandar o Brasil. De forma harmônica mas sempre, em tese, conduzindo a pauta".


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