Eleições 2024: As estratégias dos candidatos de Porto Alegre no debate
Sebastião Melo (MDB), Maria do Rosário (PT), Juliana Brizola (PDT) e Felipe Camozzato (Novo) adotaram diferentes posturas durante evento realizado no teatro da Amrigs
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Ao longo de quase três horas do debate promovido pelo Correio do Povo, Rádio Guaíba e Amrigs, com o apoio do Simers, quatro candidatos à prefeitura de Porto Alegre optaram por diferentes estratégias no palco do teatro da associação. Alvos, principais críticas, reforço de posicionamento e ataque aos adversários.
A seguir, como cada candidato se comportou no debate.
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Sebastião Melo (MDB)
Seu alvo favorito foi Maria do Rosário. Questionado por Camozzato no início do debate, rebateu a deputada, que havia citado alagamentos desta quarta-feira em Porto Alegre, dizendo que ela estava “torcendo para chover muito para tirar proveito político”.
Às críticas do candidato do Novo, preferiu responder com um afago, agradecendo as leis que ele disse ter criado enquanto vereador junto ao seu vice. Já em relação a Juliana, buscou equipará-la à petista, colocando-as como duas estatistas: “aqui tem o PT original e tem o genérico”, incitou.
Prometeu manter a drenagem urbana com o Dmae, transformar os centros de referência em saúde em policlínicas e conceder IPTU diferenciado no Centro Histórico. Também defendeu sua atual gestão, destacando a compra de vagas em creches e números em cirurgias, consultas e exames na área da saúde.
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Maria do Rosário (PT)
Mais uma vez, buscou se colocar como única alternativa à reeleição de Melo. Apesar de ter embates com os outros dois candidatos, seu foco foi, do início ao fim, o emedebista.
Na fala inicial, destacou as fortes chuvas desta quarta-feira e disse que as pessoas “estão com medo, sobretudo nas regiões que alagaram em maio”, que “jamais tomaria a decisão de não fazer a manutenção no sistema de proteção” e que “a negligência precisa ser avaliada”.
Criticou Melo quando debatia com Juliana e Camozzato. Prometeu trazer recursos federais para desenvolver economicamente a Capital, criar um festival de gastronomia para desenvolver o turismo, dialogar com movimentos de ocupações para buscar regularização fundiária, fortalecer o SUS, comprar uniformes escolares para a rede municipal, ampliar a reciclagem de lixo e conectar as universidades às escolas básicas.
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Juliana Brizola (PDT)
Buscou rivalizar com Melo, se colocando como alternativa programática ao prefeito, mas teve enfrentamentos também com Camozzato e Rosário.
Disse que o plano da petista se resume a buscar recursos junto ao governo federal, mas que foi “demonstrada a falta de articulação quando apresenta um projeto que teve um veto de um presidente que é do próprio partido”.
Rebateu Melo, dizendo que ele mudou: “diz que sempre foi da liberdade econômica, mas quando vereador fez homenagem ao Che Guevara, contra o imperialismo”.
Em duelos com Camozzato, disse que ele precisava de esclarecimentos pois “além do partido ser Novo, ele também, na política”. Prometeu zerar as filas na saúde em seis meses, garantia de ser a primeira capital no ranking do Ideb até o final do mandato, pregou moderação e finalizou ressaltando que “essa eleição tem três caminhos”.
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Felipe Camozzato (Novo)
Mais provocador entre os debatedores, tentou equilibrar sua estratégia entre instigar adversários e apresentar propostas. Logo na primeira interação, disse que o vice de Melo, Ricardo Gomes, é o “Posto Ipiranga” do prefeito, comparando-os com Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.
Disse à Juliana que o Novo “não muda de posição conforme o sabor do vento” e que sente a candidatura dela como uma “nau à deriva”. Para Rosário, afirmou que “vencer esse ranço do passado talvez seja a maior novidade que o Novo possa trazer à política”.
Entre as propostas, destacam-se foco na telemedicina, na saúde, concessão do Dmae, avaliação de aprendizagem, bonificação para professores e compra de vagas na educação.
Também, e por diversas vezes, destacou a administração do seu partido em Joinville (SC). Finalizou sua participação dizendo que quer “romper com as mesmas caras”.
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