Eleições

Manhã de votação tem poucas filas e forças de segurança atuando em Porto Alegre

Polícia Federal e Brigada Militar trabalharam para coibir boca de urna e propaganda irregular

Espera para votar era, em média, de 10 minutos no início da manhã
Espera para votar era, em média, de 10 minutos no início da manhã Foto : Ricardo Giusti

Durante a manhã, o movimento foi tranquilo nos principais colégios eleitorais de Porto Alegre. O trabalho dos agentes de segurança pública ficou centrado no patrulhamento dos locais de votação e na coibição de propagandas irregulares, aglomerações e boca de urna.

Antes das 8h, horário de abertura das urnas, já havia fila de eleitores aguardando a vez de votar em alguns pontos da Capital. Na Escola Odila Gay da Fonseca, no bairro Ipanema, 11 pessoas esperavam em frente ao acesso principal a liberação para a entrada. Uma das primeiras neste local da zona Sul foi a aposentada Mitsuco Fernanda Shinoda, 69 anos. Ela conta que faz questão de votar e que sempre chega cedo. “Cheguei às 5h30min, moro na Ponta Grossa e vim no primeiro ônibus”, disse a idosa, que faz este mesmo ritual em toda a eleição.

Mitsuco Fernanda Shinoda chegou no local de votação por volta das 5h30min | Foto:

Na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) um dos locais com maior número de eleitores da Capital, não ocorreu a formação de filas significativas. A espera para se identificar e votar não passou dos 10 minutos entre 8h e 10h. Mais perto do meio dia, o tempo médio aumentou para cerca de 15 minutos.

A cuidadora de idosos Ana Claudia Maisone, 46 anos, contou que perdeu mais tempo procurando o prédio em que fica a sessão onde vota que em frente à urna. “Chegar cedo é bom, e são apenas dois votos (para os cargos de vereador(a) e prefeito(a), é rapidinho” disse, enquanto se preparava para voltar para casa, no bairro Parntenon, com o dever cumprido.

Sujeira marca presença

Problema frequente em toda eleição, os “santinhos” espalhadas pelo chão nas ruas e nas portas dos colégios eleitorais. Indiscriminadamente, e de diversos partidos e candidatos, tal ato não arrefeceu nem mesmo após crise climática e inundações, gerando trabalho extra para as equipes do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e o de Água e Esgotos (DMAE).

Polícia Federal apreende propaganda irregular

Na Escola Estadual David Canabarro, no bairro Jardim Leopoldina, a votação ocorreu normalmente sem registro de falhas nas urnas ou longas filas de espera. Contudo, havia muita propaganda jogada nas imediações da escola, na rua Lydia Moschetti.

Polícia Federal apreendeu propaganda eleitoral com menor de idade próximo de escola na zona Norte da Capital | Foto: Ricardo Giusti

Por lá, agentes da Polícia Federal e da Brigada Militar tiveram trabalho para dispersar aglomerações de eleitores e evitar a boca de urna. A PF apreendeu propaganda irregular de candidatos e santinhos distribuídos por um menor de idade. O caso foi notificado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas ninguém foi detido.

Inundação alterou locais de votação na zona Norte

Apesar da divulgação antecipada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e junto à comunidade, muitos eleitores que votam na habitualmente na maior escola da rede municipal de ensino de Porto Alegre, a Escola Liberato Salzano Vieira da Cunha, no bairro Sarandi, zona Norte, não se deram conta da mudança de seus locais de votação.

Aviso na Liberato, no bairro Sarandi informava sobre os novos locais | Foto: Ricardo Giusti

Severamente afetada pela enchente de maio e ainda sem condições sequer de receber os mais de mil alunos regulares, a votação foi reorganizada pelo TRE e ocorreu em dois locais: o Colégio Adventista, distante aproximadamente 900 metros do local original e que conta com 16 seções, e as demais na Escola Estadual Cristóvão Colombo, um pouco mais longe - 1,5 km do Liberato.

“Eu sempre venho a pé, não tinha prestado atenção que mudou de lugar. Caminhei mais, demorei para achar e está um pouquinho confuso, mas deu tudo certo”, contou a dona de casa Deise Rodrigues dos Santos, 56, que votou no Adventista pela manhã, após ter ido ao Liberato e ter encontrado uma faixa colocada pelo TRE no portão da escola avisando da mudança de endereço.

Eleitores do Liberato, no bairro Sarandi, votaram no Colégio Adventista por conta da enchente de maio | Foto: Ricardo Giusti

Voto de candidato

Candidato à prefeitura pelo Novo, Felipe Camozzato foi o primeiro postulante ao Paço Municipal a votar neste domingo. Pouco depois das 8h, quando os portões abriram, ele exerceu o seu direito ao voto no Colégio Estadual Odila Gay Da Fonseca, no bairro Ipanema, zona Sul da Capital.

Com Camozzato, estavam a esposa Theodora, a filha Catarina e apoiadores. Após votar, acompanhou o voto de sua candidata a vice, Raqueli Baumbach, do mesmo partido.

“É a primeira eleição que o partido Novo tem um candidato a prefeito, então estamos muito felizes por realizar esse debate da cidade ao longo desses 45 dias de campanha”, disse o candidato. Ainda, se disse “feliz com a nominata de candidatos a vereador do partido”. “Temos a expectativa de fazermos uma boa eleição no dia de hoje”, comentou.

Mourão vota em Porto Alegre

O senador Hamilton Mourão (Republicanos) votou na Associação Leopoldina Juvenil, localizada no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. O ex-vice-presidente chegou pouco antes do meio-dia, acompanhado de assessores. Lá, conversou com eleitores e mesários.

“Feliz que o clima desta eleição está transcorrendo de uma forma tranquila, diferente de outros lugares do Brasil. Importante que as pessoas saiam de casa e exerçam seu direito ao voto”, declarou o senador.