PMDB se divide sobre Marchezan
Discussão sobre apoio ao prefeito eleito deve ser tensa dentro do partido
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“Eu sempre tive posições políticas muito próximas ao que o Marchezan defende. Mas vou respeitar a decisão partidária, quando ela ocorrer. O nosso candidato perdeu a eleição com algumas questões muito particulares dele, como a flexão à esquerda. Isso não foi fruto de uma discussão com o partido", declarou Nagelstein.
Ao informar que ainda é muito cedo para responder se o PMDB pode vir a se incorporar a base de apoio de Marchezan, Nagelstein ainda advertiu indiretamente o futuro colega de bancada, André Carus, que já se manifestou no sentido de que o partido faça oposição na Câmara. “Atribuo a posição dele ao calor do momento porque, na quinta-feira passada, os vereadores haviam combinado que vão tomar uma posição concertadamente", afirmou.
Entre os cinco eleitos do PMDB, até o momento Carús foi o único a se manifestar no mesmo sentido de Melo. Ainda nesta manhã, Pablo Mendes Ribeiro e Idenir Cecchim externaram suas posições, deixando a porta aberta para negociações com o PSDB. “Vamos conversar e podemos colaborar sim. Temos amigos do outro lado e existe com certeza a possibilidade de nos posicionarmos a favor de projetos do Executivo”, adiantou Pablo.
Mais cauteloso, Cecchim disse não acreditar que Marchezan procure individualmente pelos peemedebistas e avaliou ser “quase impossível” que os vereadores tenham posições particulares. “A população nos colocou na oposição, mas não vamos fazer oposição irresponsável. É bom deixar cicatrizar as posições de campanha. O prefeito eleito precisa estudar o que vai propor e então vamos tirar uma posição de partido e, principalmente, de bancada”, projetou.
A comandante Nádia, quinta representante do PMDB eleita para a Câmara, endossou a postura de negociação. “Minha eleição foi conceitual. Não esperem de mim fisiologismo. Oposição por oposição não leva a nada e acredito muito na questão de composição.” Ela ressalvou que a decisão do partido deverá ser coesa.