Pouca mobilização marca eleição em Caxias do Sul

Pouca mobilização marca eleição em Caxias do Sul

Onze candidatos disputam a prefeitura da segunda maior cidade do RS. Propostas para a saúde e a retomada da economia predominam

Celso Sgorla

Onze candidatos disputam a prefeitura de Caxias do Sul neste ano

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A segunda maior cidade do Rio Grande do Sul, com 517 mil habitantes, Caxias do Sul tem uma campanha, até o momento, discreta nas ruas. A pandemia da Covid-19 e o desinteresse pela política por parte da população têm sido apontados como alguns dos argumentos para a baixa participação da população no processo eleitoral. 

Onze candidatos disputam a prefeitura na eleição deste ano, quase o dobro na comparação com 2016, quando eram seis postulantes. Entre os temas, a retomada da economia no pós-pandemia e os investimentos em saúde têm predominado. A campanha nas ruas tem sido resumida basicamente às caminhadas pelos bairros da cidade, em que participam candidatos e militantes dos partidos. As redes sociais e os programas de televisão e de rádio têm sido as apostas dos candidatos para se fazer conhecidos da população em geral e também fazer chegar suas propostas aos eleitores. 

O município da serra gaúcha conta com 333.696 eleitores, assim, se nenhum candidato atingir 50% dos votos válidos é possível ter segundo turno. A seguir, a apresentação dos candidatos e algumas das suas principais propostas. 

  • Adiló Didomenico (PSDB) foi vereador duas vezes, em 2012 e 2016. Na disputa, tem como uma das prioridades aumentar as vagas na educação infantil e também proposta para a reinserção de jovens e adultos na escola. O seu plano de governo, se eleito, é composto por 45 metas divididas em cinco dimensões: social e saúde; econômica; ambiental; estrutural; e governança. 
  • Deputado estadual, Carlos Búrigo (MDB), 56 anos, tem como uma das propostas a redução da burocracia, para facilitar a atração de novos empreendimentos, e para auxiliar aqueles que já estão estabelecidos e querem ampliar seus negócios. Defende que Caxias retome o protagonismo da região liderando projetos de interesse regional. O plano de governo tem quatro eixos e faz referências à gestão de José Ivo Sartori, na qual foi secretário da fazenda.
  • Concorrendo pela segunda vez à prefeitura de Caxias, em 2016 ficou em segundo lugar, Edson Nespolo (PDT), 56 anos, tem como uma das principais propostas defender o turismo como nova matriz econômica da cidade. Ele presidiu a Festa da Uva e a Gramadotur. Quer resgatar os setores têxtil, a cultura e o lazer. O plano de governo está alicerçado em quatro áreas: economia forte, prestação de serviços, infraestrutura urbana e gestão e governança.
  • Júlio César Freitas da Rosa (Republicano), 46 anos, tem como uma das principais propostas a recuperação da economia através da criação de uma agência de desenvolvimento. Para Júlio Freitas, é possível tornar o município um fomentador dos arranjos produtivos, com maior capacidade de inserção nas atividades. O plano de governo é dividido em sete eixos: pessoas, cidade, qualidade de vida, desenvolvimento, preservação, cidadania e gestão. 
  • Presidente da Associação das Imobiliárias de Caxias, Nelson D'Arrigo (Patriota), 62 anos, traz como prioridade da sua campanha a geração de emprego. Para isso, busca alternativas locais e parcerias com os governos estadual e federal. O seu plano de governo é dividido em quatro frentes: bem estar das pessoas; gestão administrativa; desenvolvimento; e urbanização e serviços. D’Arrigo também já foi vice-presidente da CIC e da Federasul. 
  • Deputado estadual e ex-prefeito, Pepe Vargas (PT), 62 anos, tenta retornar à prefeitura. Uma das suas propostas é o custo zero para abertura de micro e pequenas empresas, além de garantir a isenção de impostos municipais no primeiro ano de funcionamento. Também pretende retomar o Orçamento Participativo (OP). O eixo condutor do programa de governo é a gestão pública democrática, com diálogo e participação da sociedade. 
  • Renato Nunes (PL), 47 anos, concorre pela primeira vez à prefeitura, mas já foi eleito duas vezes como vereador e uma terceira ficou como suplente. Entre as suas propostas estão a construção de um autódromo na cidade. Também defende o enxugamento da máquina pública. O seu projeto de governo é dividido em 16 frentes, como saúde, assistência social e desenvolvimento urbano. 
  • Empresário, Renato Toigo (PSL), 69 anos, concorre pela primeira vez à prefeitura. Tem como uma das suas bandeiras de campanha facilitar os trâmites para o empreendedorismo, reduzindo a burocracia, bem como evitando a saída de empresas da cidade, além de propiciar a permanência dos empreendimentos. O programa de governo tem oito frentes. Na saúde, por exemplo, quer ampliar o horário de atendimento das Unidades Básicas de Saúde.
  • Empresário, Marcelo Slaviero (Novo), 46 anos, disputa pela primeira vez uma eleição. O plano de governo é dividido em sete frentes. Entre as propostas, estão a redução de secretarias, facilitar a abertura de novos negócios; zerar a fila das escolas infantis; atuar na segurança por meio do cercamento digital. Na saúde, propõe a criação do prontuário digital único e mutirão com o setor privado para reduzir as filas de exames e especialidades.
  • Antonio Feldmann (Podemos), conhecido como Toninho Feldmann, 52 anos, já foi eleito vice-prefeito, em 2012, com Alceu Barbosa Velho. Em 2016, concorreu como vice, mas na chapa com Edson Nespolo, e acabou não eleito. Seu plano de governo tem seis eixos. Entre as propostas estão a de retomar o programa do Policiamento Comunitário, buscar investimentos em tecnologia para que a cidade seja mais segura e implantar o Orçamento Cooperativo e Solidário. 
  • Ex-vereador e ex-deputado estadual, Vinicius Ribeiro (Dem), 43, disputa pela primeira vez a prefeitura. Seu plano de governo tem 27 eixos. Para ele, a prioridade no próximo ano será a retomada da economia. Na saúde, quer reduzir as filas para consultas e cirurgias eletivas. Entre as metas estão a geração de 5 mil empregos em quatro anos e regularizar 10 mil unidades territoriais e construir 4 mil novas unidades com a iniciativa privada. 

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895