São Paulo terá disputa do 2º turno entre Covas e Boulos

São Paulo terá disputa do 2º turno entre Covas e Boulos

Atual prefeito teve 32,85% dos votos, contra 20,24% do adversário

R7

Disputa terá atual prefeito contra candidato que virou sobre concorrentes diretos

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A disputa eleitoral pela Prefeitura de São Paulo foi para o segundo turno. O candidato Bruno Covas (PSDB) levou 1.747.938 dos votos válidos (32,85%) e vai disputar com Guilherme Boulos (PSOL), que obteve 1.077.168 votos válidos (20,24%).

Mais uma vez, o deputado Celso Russomanno, candidato do Republicanos, largou como líder nas pesquisas de intenção de voto, mas perdeu força e estava na quarta posição, com 10,50% dos votos válidos. Russomanno, que foi apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, ficou atrás também do candidato do PSB, Márcio França, com 13,64%.

Os resultados e as projeções em todo o País indicavam que o presidente Jair Bolsonaro já não possui a mesma capacidade de transferência de votos das eleições de 2018, quando ajudou a eleger governadores, senadores e dezenas de deputados federais e estaduais. O candidato do PT, Jilmar Tatto, terminou em 5ª lugar, com 8,65%.

Antes que o segundo turno estivesse decidido, Covas e Boulos fizeram pronunciamentos incisivos. “A esperança venceu os radicais no primeiro turno e a esperança vai vencer os radicais no segundo turno”, disse o tucano. Segundo o atual prefeito, "São Paulo disse que quer experiência, quer continuar sonhando, com redução da desigualdade social, garantindo, através da responsabilidade fiscal, a justiça social”.

“Eu vi o Covas falar de radicalismo. Radicalismo, para mim, é gente virar lixo para poder comer, é o abandono do povo. Nós queremos e vamos inverter prioridades, tirar a periferia do abandono", rebateu o candidato do PSol. "A periferia está abandonada pelo PSDB. Eu não apareço na periferia de quatro em quatro anos para fazer promessas. As pessoas aqui não são estatísticas, são gente”, completou.

Boulos afirmou que, no primeiro turno, venceu Bolsonaro, “o projeto de ódio que tentou se enraizar em São Paulo” e que no segundo turno venceria João Doria, “que é quem realmente governa São Paulo, depois de ter abandonado a cidade”. Covas, por sua vez, afirmou que “a cidade mostrou que quer alguém que possa ter a experiência para enfrentar esse grande desafio que nós temos à frente”, referindo à pandemia do novo coronavírus. Ele agradeceu o apoio de Doria e disse que “governar exige ter atitudes e coragem”.

Foram contabilizados 99,67% dos votos na capital paulista. O segundo turno do pleito municipal será realizado no dia 29 de novembro.

Entre os demais candidatos, Márcio França (PSB) teve 13,65% dos votos e ficou em terceiro lugar no pleito. Celso Russomanno (Republicanos) ficou com 10,50%, Arthur do Val Mamãe Falei (Patriota) teve 9,78% e Jilmar Tatto (PT) terminou com 8,65%.

O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) afirmou que houve demora na divulgação da atualização dos resultados, mas que o problema já era esperado. A espera foi explicada pela necessidade de os votos serem centralizados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília, onde houve uma grande sobrecarga de dados vindos dos mais de 5 mil municípios brasileiros.


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