Segurança em comício de Lula em Belo Horizonte terá "snipers" em prédios

Segurança em comício de Lula em Belo Horizonte terá "snipers" em prédios

Polícia Federal reforçou a proteção do presidenciável em primeiro comício durante a campanha oficial

R7

Luiz Inácio Lula da Silva discursa em São Bernardo do Campo (SP)

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Preocupada com a segurança do candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Polícia Federal colocou atiradores de elite nos prédios ao redor do local onde será realizado o primeiro comício oficial da campanha do ex-presidente nesta quinta-feira, às 18h, em Belo Horizonte (MG).

A segurança do presidenciável, que de responsabilidade da Polícia Federal, chegou a pensar em cancelar o evento, por avaliar que o local, uma praça pública, seria muito inseguro. Além dos atiradores, agentes serão colocados a paisana entre os apoiadores para identificar qualquer ação suspeita.

Lula estará de colete a prova de balas, apesar de não gostar de usar o equipamento de proteção. As informações foram confirmadas pela reportagem com uma fonte do PT.

Em nota enviada à reportagem, a Polícia Federal afirmou que não irá comentar o assunto e que "o efetivo empregado e os meios utilizados são informações sigilosas".

Esquema de proteção

Pelo menos 300 policiais estão destacados para atuar na proteção dos presidenciáveis. A preocupação maior é com o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), atacado com uma facada em 2018, e com o ex-presidente Lula, que teve uma comitiva atacada a tiros no Paraná, na pré-campanha do mesmo ano.

Uma resolução com os termos e orientações de segurança foi elaborada. A instrução normativa, à qual o R7 teve acesso, destaca que, ao requerer as equipes, deve ser apresentado "relato circunstanciado de eventuais situações críticas ou relacionadas à campanha eleitoral que ensejam um maior risco ao candidato", e que o protegido deverá assumir o "compromisso de apresentação de agenda prévia [...] com antecedência mínima de quarenta e oito horas da ocorrência do evento contendo os detalhes conhecidos".

A corporação pode recomendar que o evento seja suspenso ou adiado. Caso o candidato não atenda, ele se responsabilizará pela própria segurança e por eventuais riscos. Quem não quiser a proteção, deverá apresentar "termo de dispensa".


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895