Exército admite compra de Viagra e contesta representação

Exército admite compra de Viagra e contesta representação

Segundo o Exército, compra foi de 1.940 comprimidos, e não 5.000 como diz representação feita junto ao TCU

Christina Lemos / R7

Laboratório inventa viagra turbinado

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O Exército brasileiro admitiu que comprou 1.940 comprimidos de cidrato de Sildenafila, popularmente conhecido como Viagra, em 2021, e não 5 mil como aparece em uma representação feita junto ao TCU (Tribunal de Contas da União), informou uma fonte ao blog Christina Lemos, do R7. Segundo as informações apuradas, foram comprados 1.880 comprimidos para o Hospital Central do Exército no Rio e mais 60 para o Hospital do Exército em Natal. O medicamento é usado para tratamento de disfunção erétil.

A ata de registro de preços sempre apresenta uma quantidade de produtos superior, no máximo do que pode ser adquirido, já que a ata é feita para atender compras de várias organizações do Exército.

Esse processo leva de 3 a 4 meses e tem validade de um ano; por isso, se coloca quantidades maiores. Por isso, embora tenha apresentado na ata a intenção de comprar 5.000 comprimidos, o Exército adquiriu efetivamente 1.940 comprimidos.

O TCU (Tribunal de Contas da União) abriu processo para apurar a compra de 35 mil unidades de Viagra pelo Exército. O processo foi aberto após denúncia feita pelo deputado Elias Vaz (PSB) de "desvio de finalidade em compras de 35.320 comprimidos de citrato de sildenafila, popularmente conhecido como Viagra, e a comprovação de superfaturamento de 143%".

Em encontro com pastores fora da agenda oficial, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira, que a compra pelas Forças Armadas de 35.320 unidades de citrato de sildenafila, conhecido como Viagra, "não é nada", que a instituição "está apanhando muito" e que o produto serve para combater a hipertensão arterial pulmonar.

“As Forças Armadas estão apanhando muito de ontem [terça] para hoje por ter comprado Viagra para os hospitais militares. Temos que reportar que há 15, 20 anos atrás estava se pesquisando algo para combater a hipertensão arterial pulmonar, que matava muito, e foi descoberto um remédio para isso. Paralelamente, esse mesmo remédio serviu para doenças reumatológicas (sic) e, como efeito colateral, algo que combatia também a impotência sexual. Depois, ficou conhecido como Viagra”, disse.


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