Política

Extinção da EGR ficará para o próximo governo no RS

Com as efetivações das concessões das rodovias do bloco 1 e 2, estatal não irá mais administrar nenhuma estrada no Estado

Atualmente, a EGR é responsável por 10 praças de pedágio
Atualmente, a EGR é responsável por 10 praças de pedágio Foto : Raphael Nunes/EGR/CP

Apesar da promessa do governador Eduardo Leite (PSD) de acabar, ainda no primeiro mandato, com a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), a decisão ficará para o próximo ocupante do Palácio Piratini. Se concretizado o ambicioso cronograma de repasses à iniciativa privada das rodovias dos dois blocos (1 e 2), a partir de 2027 a estatal não deverá administrar mais nenhuma das 10 praças de pedágio em que é encarregada atualmente.

Com isso, caberá ao próximo governador definir o papel que a empresa pública terá. Para o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella (MDB), a EGR tem capacidade de servir como um departamento de fiscalização, aos moldes do Daer, autarquia estadual responsável pela gestão do transporte rodoviário no Rio Grande do Sul.

Atualmente, a EGR administra 630,62 quilômetros de rodovias e 10 praças de pedágio. São elas:

  • RSC-453
  • ERS-239
  • ERS-135
  • RSC-453
  • ERS-130
  • ERS-235
  • ERS-474
  • ERS-235
  • ERS-115
  • ERS-040

Dessas, seis integram o bloco 1, que abrange estradas da região Metropolitana, Serra e Litoral Norte (ERS-239, ERS-235, ERS-474, ERS-235, ERS-115 e ERS-040). As outras quatro estão incluídas no bloco 2, que engloba a região Norte e o Vale do Taquari (RSC-453, ERS-135, RSC-453, ERS-130).

No cronograma do governo do Estado, o edital do bloco 2 deve ser lançado na próxima semana e o leilão ocorrer em março de 2026, com a assinatura do contrato até a metade do ano. Já o bloco 1, está em fase inicial, mas o Executivo pretende fazer o lançamento em março de 2026 e o leilão no meio do ano, prevendo a formalização do contrato em dezembro seguinte.

Criada há 13 anos, durante o governo de Tarso Genro (PT), a estatal foi projetada para assumir as praças de pedágio cujos contratos haviam sido encerrados. Desde então, sua extinção já permeou uma série de debates políticos, sendo, inclusive, promessa de campanha de candidatos ao Piratini.

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Em 2022, a EGR foi palco de um escândalo de corrupção sobre supostas irregularidades em contratos firmados entre a estatal e empresas privadas. Na operação, foram presos o ex-diretor-presidente da EGR e o ex-supervisor executivo da estatal. Ambos estão em liberdade atualmente.

Hoje, a estatal é chefiada por Luís Fernando Pereira Vanacôr, funcionário da companhia desde 2013. O quadro de funcionários conta com 107 servidores ativos, segundo dados do Portal da Transparência. Em contato com o Correio do Povo, a EGR informou que atualmente são 30 servidores efetivos e seis temporários.