Fachin nega pedido de Queiroga para realizar pronunciamento em período eleitoral

Fachin nega pedido de Queiroga para realizar pronunciamento em período eleitoral

Ministro da Saúde alegou que alertaria sobre os riscos da poliomielite, diante da possibilidade de reintrodução do vírus no Brasil

R7

Fachin: ''crise não suspende a constituição''

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O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou um pedido do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para realizar um pronunciamento relacionado à vacinação contra a poliomielite e pelo Dia Nacional da Saúde. A legislação veda publicidade institucional de autoridades e órgãos públicos no período de três meses que antecede o pleito.

No pedido enviado ao TSE, Queiroga alega que o pronunciamento é necessário para informar a sociedade sobre a campanha de imunização contra a doença, sob risco de reintrodução do vírus da poliomielite no território nacional. Ele também destaca que o anúncio em cadeia nacional de rádio e televisão ocorre todos os anos.

De acordo com a lei, a publicidade neste período é permitida apenas "em caso de grave e urgente necessidade pública". Segundo Fachin, trata-se de uma data comemorativa, que não gera urgência para sua realização.

"Não se verifica os requisitos autorizadores do afastamento da norma proibitiva em questão, uma vez que não restou demonstrada a gravidade ou urgência na veiculação, no período eleitoral, de pronunciamento do Ministro da Saúde em comemoração ao Dia Nacional da Saúde. Trata-se, enfim, de uma comemoração e não de situação que agasalhe providência informada pelo caráter de gravidade ou, tampouco,urgência", escreveu o magistrado. Fachin analisou o caso por estar em regime de plantão na Corte Eleitoral. Os trabalhos do Poder Judiciário serão retomados na próxima segunda-feira.


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