Os presidentes estaduais do União Brasil, Luiz Carlos Busato, e do PP, Covatti Filho, se reuniram nesta segunda-feira para dar início nas articulações da federação de olho nas eleições de 2026.
O objetivo do encontro era alinhar questões internas de ambos os partidos envolvendo a federação, que ainda não está homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas já atua em bloco. E definir, também, quais serão as estratégias adotadas no Rio Grande do Sul, visto que, além da candidatura majoritária (para o governo e Senado), os partidos também precisam lançar as nominatas para Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados em conjunto. "Sincronizar os passos", analisou Covatti.
Agora, os presidentes devem realizar reuniões quinzenais, junto de seus grupos políticos, para definir os próximos passos. Ambos deputados federais, os encontros também podem acontecer em Brasília.
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Disputa interna no PP
Em julho, o PP gaúcho lançou Covatti Filho como pré-candidato ao governo do Estado em um movimento para tentar acalmar os ânimos dentro do partido, após uma série de rusgas internas. Isso porque internamente a sigla ainda não tem unanimidade sobre qual caminho seguir no pleito.
Enquanto um grupo defende a manutenção da aliança com o governo do Estado – e, com isso, integrar uma possível candidatura de Gabriel Souza (MDB) –, outro defende que o PP siga o mesmo caminho nacionalmente e faça uma composição com a chapa do deputado federal Luciano Zucco (PL), pré-candidato ao governo do Estado.
Existe ainda outra ala do partido que quer a candidatura própria. Mas nem isso é consenso, visto que apesar do nome de Covatti já posto, outras lideranças ainda buscam o posto. Mas, apesar dos ruídos internos, o deputado federal segue defendendo sua pré-candidatura.
Dado esse cenário, apesar do União Brasil integrar a base de Eduardo Leite (PSD), Busato se colocou à disposição para atuar como um apaziguador de ânimos, a fim de construir uma unidade para encarar o pleito.
Federação segue de pé
Nos últimos dias, o presidente do PP, Ciro Nogueira, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), têm trocado farpas publicamente. A confusão girou em torno de uma fala de Ciro, em que ele teria dito que o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria ou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD). Caiado, que também é pré-candidato à presidência e busca o apoio do ex-presidente, não gostou da fala.
Apesar disso, tanto Busato quanto Covatti garantem que a federação entre os partidos segue de pé e só não foi formalizada por questões técnicas no próprio TSE.