Governo envia ao Congresso projeto sobre mesmo tema de MP devolvida por Pacheco

Governo envia ao Congresso projeto sobre mesmo tema de MP devolvida por Pacheco

Texto altera Marco Civil da Internet e muda regras de uso e moderação

Agência Brasil

Texto altera Marco Civil da Internet e muda regras de uso e moderação

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O governo federal enviou ao Congresso um Projeto de Lei (PL) que limita a remoção de conteúdos em redes sociais com mais de 10 milhões de usuários. Projeto tem texto semelhante de Medida Provisória (MP) enviada ao Senado Federal no último dia 6 e devolvida ao Planalto pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, após ser suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, projeto trata de direitos autorais, “de forma a explicitar os direitos e as garantias dos usuários de redes sociais e prever regras relacionadas à moderação de conteúdo pelos respectivos provedores”.

Segundo Pacheco, a MP tratava de assuntos que, por previsão constitucional, não poderiam ser tratados por tal instrumento legal. Atos adotados em media provisória entram em vigor imediatamente e têm 120 dias para serem aprovados no Congresso para não perderem a validade. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) chegou a encaminhar um parecer a Pacheco classificando a medida provisória como inconstitucional.

Assim, com o novo PL, o tema poderá ser debatido pelos parlamentares antes de entrar em vigor. Também está em tramitação no Congresso o PL 2.630/20, que visa combater a disseminação de notícias falsas em redes sociais. O texto foi aprovado no Senado e está em debate na Câmara.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência destacou que, atualmente, há cerca de 150 milhões usuários de redes sociais no Brasil, o que corresponde a mais de 70% da população. “A medida busca estabelecer balizas para que os provedores de redes sociais de amplo alcance, com mais de 10 milhões de usuários no Brasil, possam realizar a moderação do conteúdo de suas redes sociais de modo que não implique em indevido cerceamento dos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos brasileiros”, diz.


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