Heinze quer CPI dos atos de 8 de janeiro instalada ainda em março
O senador, que esteve presente na Expodireto Cotrijal, ainda acredita que a CPMI possa dar melhores resultados
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O senador Luís Carlos Heinze (PP), que esteve presente na abertura da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, diz torcer para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atos de 8 de janeiro ainda no mês de março. Isso porque, como divulgado em suas redes sociais no último dia 27, o grupo contabilizou o número de assinaturas necessárias para a sua realização.
Vitória! Conseguimos o número de assinaturas suficientes para instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito – CPMI –, que irá apurar a responsabilidade de TODOS os agentes públicos nos atos do dia 8 de janeiro. Segue o fio pic.twitter.com/x8yVFy1hKo
— Luis Carlos Heinze (@Heinzeoficial) February 27, 2023
"A promessa é que fiquem 120 ou 130 presos, mas nós queremos que todas essas pessoas respondam em liberdade e, principalmente, retirem as tornozeleiras eletrônicas", relatou Heinze, que visitou os presos no Distrito Federal e definiu a situação como "estarrecedora", afirmou ao jornal Correio do Povo.
O líder do Progressistas também contestou o envolvimento do atual governo. De acordo com ele, o governo federal sabia da ocorrência dos atos dois dias antes: "Uma hora antes já tinha gente lá dentro depredando. Seguramente, não eram os patriotas, tem alguém infiltrado no processo e isso tudo será esclarecido", disse.
Um grupo de senadores opositores ao governo Lula se reuniu, na última quinta-feira, com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para tratar da situação dos presos dos atos do dia 8 de janeiro, quando os prédios do STF, do Congresso e Planalto foram depredados. As queixas apresentadas pelos senadores eram relativas à qualidade dos serviços de alimentação e saúde oferecidos e à alta ocupação das instalações penitenciárias, além de pedirem maior agilidade nas decisões do caso, exigindo a soltura dos detentos que não cometeram atos de maior gravidade.
Na última semana, Moraes concedeu liberdade provisória a mais de 50 pessoas, totalizando 655 que respondem em liberdade e 751 que seguem presas.
*Supervisão Mauren Xavier
