Ministro da Justiça confirma reunião para tratar da situação em Faxinalzinho
Encontro está marcado para o dia 22 de maio em Brasília
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Na semana passada, o ministro foi criticado pelo envio de mediadores para reunião no município. “A Polícia Federal deixou claro que lideranças querem acirrar o conflito por motivos eleitoreiros e a minha ida a Faxinalzinho poderia tumultuar ainda mais situação e nenhum diálogo poderia ser feito. A decisão foi tomada em conjunto com o governador Tarso Genro”, afirmou Cardozo.
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Durante a entrevista, o ministro comentou as circunstâncias da prisão, nessa sexta-feira, de cinco índios suspeitos de participação na morte dos agricultores. “O juiz federal entendeu pela prisão de alguns líderes e a Polícia Federal executou esta ordem. Houve uma lamentável coincidência, pois o governo gaúcho mediava um encontro entre as partes para preparar um caminho de diálogo para o dia 22. O mandado já estava na rua e, diante da notícia de que alguns suspeitos estavam na reunião, a autoridade foi lá e cumpriu o seu dever. Caso não fizesse isso, cometeria crime de prevaricação.”
O conflito no Rio Grande do Sul por demarcação de terras exige mediação, na avaliação do ministro da Justiça. “Qualquer tentativa de solução pelas próprias mãos não resolve. A judicialização vai arrastar o processo por mais décadas, conhecemos decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceram uma terra indígena após 70 anos. A mediação é o melhor caminho. Através da mesa de diálogo em outros estados