Moro diz que veto a projeto de “saidinhas” é um “desrespeito” às vítimas da criminalidade no país

Moro diz que veto a projeto de “saidinhas” é um “desrespeito” às vítimas da criminalidade no país

Para senador, mobilização de forças da segurança para recapturar presos gera profunda insegurança pública

Correio do Povo

Para senador, mobilização de forças da segurança para recapturar presos gera profunda insegurança pública

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O senador Sergio Moro (União-PR) criticou, em pronunciamento nesta sexta-feira, 12, o veto presidencial a trechos da lei que restringe a saída temporária de presos do regime semiaberto. Os vetos ocorreram em trechos significativos sobre o "saidão", que retiravam totalmente a possibilidade de o preso visitar a família e realizar atividades sociais.

“Em saídas desses feriados a cada ano, parte dos presos não volta e aí nós temos que mobilizar as forças de segurança para recapturar esses foragidos. E nós sabemos que as forças de segurança são limitadas, o número de policiais deveria ser maior. E, no entanto, eles, ocupados em prevenir novos crimes, têm, de repente, que ser mobilizados para capturar criminosos que estavam presos, cumprindo pena, e são colocados em liberdade pelo mesmo sistema. E são colocados a centenas, aos milhares ao mesmo tempo, gerando uma profunda insegurança pública” ressaltou.

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Para Moro, o veto desrespeita as vítimas de um país que tem altos índices de criminalidade, além de insultar vítimas específicas de crimes praticados durante a liberação dos presos. Segundo o senador, o Ministério da Justiça não apresentou, desde o início do governo, nenhuma proposta legislativa na área da segurança pública.

“Quando apresentamos uma proposta mais dura, o ato do governo é desprezar essa ação do Congresso, desprezar as vítimas e ignorar as necessidades da segurança pública. Não sei o propósito disso, o que, no entanto, sinaliza, mais uma vez, é o abandono da segurança pública, o que nos dá uma missão muito importante aqui dentro deste Congresso.”

O parlamentar também destacou que o governo manteve o trecho que determina a necessidade de exame criminológico como forma de comprovar boa conduta do preso para a progressão de regime. Antes, bastava comprovação do diretor do estabelecimento prisional.

“Congresso Nacional, em boa hora, restabeleceu a exigência desse exame criminológico, e nem o presidente da República teve coragem de vetar essa parte necessária da lei. Acaba-se com a libertação automática dos presos mediante progressão para regime menos gravoso, o que é importante para a gente dar um passo para melhorar a segurança pública neste país”, destacou.


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