Nova condenação pode manter ex-presidente Lula em regime fechado

Nova condenação pode manter ex-presidente Lula em regime fechado

Se condenação no caso do sítio de Atibaia for confirmada no TRF4, penas poderão ser somadas

R7

STF analisa dois habeas corpus da defesa de Lula

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Apesar da perspectiva de sair da cadeia em setembro, depois da decisão desta terça-feira do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-presidente Lula pode voltar a ser preso. Caso seja confirmada a outra condenação em segundo grau pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), no caso do sítio de Atibaia (SP), as penas são somadas e ele pode retornar ao regime fechado, se chegar a sair da prisão.

Preso desde 7 de abril de 2018, pelo caso do tríplex do Guarujá, o ex-presidente responde a outros sete processos e já foi condenado também pelo sítio de Atibaia. Não existe um prazo exigido por lei para o julgamento do TRF4.

 Em janeiro deste ano, a juíza Gabriela Hardt condenou Lula a 12 anos e 11 meses por corrupção e lavagem de dinheiro no processo da Lava Jato que apura se o ex-presidente recebeu propina por meio da reforma do sítio. A segunda instância, representada pelo TRF4, ainda não julgou o petista.

O advogado criminalista e doutor em Direito Penal pela USP (Universidade de São Paulo), João Paulo Martinelli, afirma que não existe um prazo determinado exigido por lei para que essa confirmação ocorra. “Se houver a redução da pena e depois tiver uma outra condenação, as penas são somadas e ele pode voltar para o fechado”, explicou Martinelli.

Para a advogada constitucionalista Vera Chemin, um processo não tem nada a ver com o outro. “Cada processo tem sua particularidade. Não dá para você admitir que um resultado será o mesmo em outro processo. Acho que se deve ter cautela. Por mais que você possa ter uma similaridade entre esses processos, não podemos a partir daí deduzir que o resultado será o mesmo”, disse.

A Quinta Turma do STJ reduziu na tarde desta terça-feira para 8 anos, 10 meses e 20 dias a pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex no Guarujá. A decisão unânime aconteceu um ano e três meses após condenação em segunda instância.


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