Onyx estima início do pagamento do novo auxílio emergencial na penúltima semana de março

Onyx estima início do pagamento do novo auxílio emergencial na penúltima semana de março

Secretário da Presidência da República apontou que pagamento deve ser iniciado pelo Bolsa Família, similar ao que foi feito no ano passado

Correio do Povo

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O governo federal deve publicar entre segunda e terça-feira uma Medida Provisória que define os critérios para a concessão do novo auxílio emergencial, após a Câmara dos Deputados aprovar em segundo turno o texto base da PEC que autoriza o pagamento de até R$ 44 bilhões, além de conter medidas de controle dos gastos públicos. O Secretário da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, estimou em entrevista à Rádio Guaíba na manhã desta sexta-feira que, a partir do final da próxima semana, já ocorra o envio dos primeiro lotes para a Caixa Econômica Federal, para que o pagamento seja iniciado na penúltima semana de março.

"Provavelmente deve iniciar pelo Bolsa Família, similar ao que nós fizemos no ano passado. Como já temos toda a base pronta, acredito que conseguimos pagar antes da Semana Santa, ali por 22 e 23", explicou. Ele apontou que este novo auxílio atenderá, aproximadamente, 51 milhões de pessoas. "Para famílias, serão R$ 250; famílias unipessoal receberão R$ 165 e para famílias uniparentais, onde a mãe é a chefe da família, serão R$ 375. São quase nove milhões de famílias nessa condição", disse.

Onyx considerou que, agora, deve haver menor possibilidade de fraudes pois o sistema foi aperfeiçoado. Para o secretário, houve um superdimensionamento dos problemas, pois avaliou que o número de denúncias foi baixo, seguindo parâmetros utilizados pelos Estados Unidos. "Mas é importante dizer que todos que receberam indevidamente estão na Receita Federal, que está cobrando agora. O Leão está cobrando um por um", brincou. 

O secretário também projetou que a votação do Orçamento da União "deve estar concluída entre os dias 25 e 30 de março". Pela Constituição, ele deveria ter sido aprovado em dezembro de 2020, mas a instalação da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização foi adiada devido a um impasse político. "Esse imbróglio se deve à decisão errática do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia que criou muitos problemas e atrapalhou muito o próprio Parlamento e o governo", criticou Onyx.

"Ninguém tem temor em relação a Lula"

Ao comentar a anulação de todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná, relacionadas às investigações da Operação Lava Jato, pelo ministro do STF Edson Fachin, Onyx afirmou que "estamos diante de uma situação que indigna todas as pessoas de bem". "O que ocorreu durante os governos do Lula e da Dilma, todos nós sabemos. O fato de uma chicana jurídica, como apresentou o ministro de questionar a competência da vara, é algo que beira o surreal", avaliou.

Ele também negou que o discurso incendiário do petista duranta semana tenha impacto a ação do governo e disparou que "ninguém tem temor em relação a Lula". "O Brasil inteiro sabe quem ele é, o que ele fez e como fez. É evidente que, se eventualmente ele puder ser candidato, não tenho nenhuma dúvida que ele terá a maior derrota da vida dele", comentou.


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