Onyx nega desavenças com Santos Cruz: "É meu parceiro de mate"

Onyx nega desavenças com Santos Cruz: "É meu parceiro de mate"

Ministro da Casa Civil disse que governo faz trabalho de pacificação no Congresso

Correio do Povo

Ministro participou do programa "Bom Dia", de Rogério Mendelski

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O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, negou nesta sexta-feira que haja um mal-estar entre ele e o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, general Santos Cruz. Um decreto publicado na última quarta-feira dá ao militar poder de avalizar indicações e nomeações do Executivo, até mesmo a de reitores de universidades federais. " É meu parceiro de mate todo dia de manhã. Não tem como haver qualquer tipo de dificuldade que a gente não resolva no diálogo", afirmou em entrevista ao programa "Bom Dia", da Rádio Guaíba.

“Durante muito tempo se tentou fazer com que houvesse conflitos, mas o Santos Cruz é um herói brasileiro, que prestou serviços extraordinários. É um homem que tem uma capacidade e uma experiência acumulada que ajudam muito o governo. Temos, lamentavelmente, esses desencontros, vamos usar essa palavra”, completou.

• Onyx defende aproximação das universidades com o setor privado

De acordo com Onyx, a estratégia do Executivo é unir os diferentes Poderes para para que o país possa alcançar um retomada econômica. “Temos feito um trabalho de pacificação no Congresso e de aprofundar as relações a favor do Brasil. Recebemos presidentes dos 14 maiores partidos, junto com líder na Câmara e no Senado. E todos eles expressaram que querem contribuir, ajudar e transformar. É um processo onde todo mundo está aprendendo”, garantiu.

Para que isso ocorra, a estratégia tem sido de apostar na conversa. “Eu digo sempre que a melhor solução para a relação com o parlamento é parlar, não tem jeito. É falar. É o que temos feito, com muita humildade. O presidente (Jair Bolsonaro) é um homem humilde e nos cobra sempre uma posição assim, de um relacionamento baseado no diálogo. Já vencemos muitas resistências”, ponderou. Para o ministro, agora não existem mais a “questão de nova e velha política”.

“Depois das eleições, tem a política, dentro de suas características e condições. O grande desafio dessa aliança liberal-conservadora que construímos para poder resgatar o país do buraco e dar o encaminhamento ao nosso país daquilo que expectativa das pessoas. Elas querem andar com segurança na rua, não querem ver nenhum governante ou governo passar a mão na cabeça de bandido. A sociedade quer ter o direito de escolher ou não se ele pode ter uma arma. Quer saber se vamos endurecer as penas. E está lá o pacote anticrime do doutor (Sérgio) Moro”, afirmou.

Desburocratização do Estado

O ministro reiterou que uma das metas do atual governo é desburocratizar o Estado. “Há uma disruptura nisso, um novo olhar das relações do Estado com a sociedade. Hoje são dois mil serviços que o governo federal pode prestar para uma pessoa, e só 300 são digitalizados hoje. Até o final do ano queremos chegar a mil e até o final do ano que vem queremos dois mil. Há 27 mil decretos além de toda essa parafernália de lei. Vamos tentar reduzir em cinco mil até o final do ano. Tem as normativas, portaria, resoluções, está tudo sendo revisto. Tem um arcabouço gigantesco onde as pessoas estão emaranhadas”, defendeu. “Estamos simplificando a vida das pessoas”, resumiu.

Onyx falou que o presidente Jair Bolsonaro tem promovido uma mudança na relação do Estado com os cidadãos. Nesse sentido, garantiu que o chefe de Estado tem trabalhado arduamente para poder resolver e solucionar questões da forma mais rápida possível por meio de decretos – que não envolvam aval do Congresso – e está permanentemente analisando e recebendo contribuições. “Por exemplo, a elevação para 10 anos da validade da carteira de habilitação é algo que surgiu por demanda de caminhoneiros e motoristas de táxi. Estamos cumprindo essa mudança”, disse.


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