PGR sugere ao STF arquivar denúncia da CPI da Covid contra Bolsonaro

PGR sugere ao STF arquivar denúncia da CPI da Covid contra Bolsonaro

Presidente foi acusado de incitação ao crime por questionar eficácia da vacina e desestimular uso de máscara

R7

PGR recomendou ao STF que arquive investigação sobre Bolsonaro pela suposta prática de incitação ao crime

publicidade

A Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que arquive uma investigação sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) pela suposta prática de incitação ao crime.

A denúncia partiu da CPI da Covid-19, que alega que o chefe do Executivo teria cometido o delito após fazer publicações e compartilhar notícias nas quais duvida da eficácia da vacina, defende o uso de remédios sem eficácia comprovada e questiona a necessidade do uso de máscaras como forma de prevenção à doença.

Além de Bolsonaro, a CPI atribui o crime ao ex-ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni, ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ao deputado Ricardo Barros (PP-PR), ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ao deputado Osmar Terra (MDB-RS), à deputada Bia Kicis (PL-DF), à deputada Carla Zambelli (PL-SP) e ao deputado Carlos Jordy (PL-RJ).

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, seguiu o relatório final de investigação feita pela Polícia Federal para sugerir o arquivamento. Segundo a corporação, "apesar das declarações das pessoas apontadas no ofício da referência serem motivo de polêmica, de maneira geral não incitam de forma direta à desobediência ao isolamento social e ao uso de máscaras como medidas de enfrentamento ao coronavírus, embora compartilhem estudos, reportagens que revelem uma eficácia pouco significativa de tais medidas".

"Os conteúdos das publicações, embora polêmicos e passíveis de críticas e questionamentos, não extrapolaram os limites estabelecidos para o exercício da liberdade de opinião e política inerente aos mandatários, não sendo hipótese de cerceamento, quer por violação a outros direitos e garantias fundamentais, quer por esbarrar nos limites ao exercício da liberdade de expressão”, frisou a vice-PGR.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895