Políticas públicas são essenciais para combate à criminalidade, diz Lewandowski em posse como ministro da Justiça
Novo integrante do governo afirma que encarceramento não é única solução contra a violência
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O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, disse nesta quinta-feira durante sua posse como novo ministro da Justiça e Segurança Pública, em Brasília (DF), que o combate à criminalidade é complexo e não deve ser visto somente sob uma ótica do encarceramento.
"O combate à violência, para ter êxito, precisa ir além da permanente e enérgica repressão policial, demandando execução de políticas públicas que permitam superar esse apartheid social que segrega a população”, afirmou. Durante a solenidade, o novo integrante do governo ressaltou se sentir honrado de assumir o cargo.
O ministro também expressou que o crime organizado se ramifica cada vez mais no país e para enfrentá-lo "é preciso aprofundar as alianças com estados e municípios" e "superar a fragmentação federativa”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também, falou no evento, destacou seu nível de confiança em relação ao novo ministro. ““A única coisa que eu quero que tenha certeza é que estou indicando para ser ministro da Justiça um homem que eu respeito, que tenho 100% de confiança”, pontuou.
Mudanças formalizadas
Com a nomeação de Lewandowski, o Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira já traz algumas mudanças em cargos da pasta. Flávio Dino deixa o comando do ministério para assumir uma cadeira no STF no fim do mês.
O documento oficial publica a exoneração de Ricardo Cappelli do cargo de secretário executivo do ministério. Para o seu lugar, foi nomeado Manoel Carlos de Almeida Neto. Cappelli agora será o novo presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.
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