Reforma da Previdência domina discursos na abertura oficial do Congresso

Reforma da Previdência domina discursos na abertura oficial do Congresso

Tema também foi amplamente destacado pela mensagem enviada pelo presidente Jair Bolsonaro

AE e Agência Brasil

Reforma da Previdência domina discursos na abertura oficial do ano Legislativo

publicidade

O novo presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, afirmou, em discurso durante sessão solene do Parlamento, que "inúmeros desafios" serão impostos à nova legislatura. Segundo ele, não há como evitar ajustes e reformas necessárias e citou a Previdência como a primeira delas. Alcolumbre ainda destacou as reformas tributária e administrativa. "Não há como evitar os ajustes necessários e a avaliação de propostas sensíveis, sendo a primeira delas, a previdência", disse ele, citando a superação do desemprego e a garantia do desenvolvimento econômico como objetivos a serem perseguidos nas matérias votadas pelo Parlamento.

Alcolumbre ressaltou que é preciso superar a diferença entre “alto clero e baixo clero” e tratar com igualdade todos os parlamentares. Também ressaltou a renovação recorde nas composições das duas casas legislativas, interpretada como um sinal de que a população quer mudanças no cenário político.

Ele destacou ainda que as urnas exigem honestidade de todos os políticos. “Não importa se pertence ao primeiro escalão da República ou à repartição pública do município mais distante desse país, o cidadão brasileiro quer honestidade, comprometimento e transparência dos políticos”, afirmou.

Harmonia entre poderes

O presidente do Senado também cobrou o trabalho harmônico entre os poderes. “É preciso que os presidentes dos poderes estejam sintonizados. Não há mais espaço para pautas sem sintonia com as ruas ou disputas entre os poderes”, declarou.

Davi Alcolumbre encerrou a sessão com tom otimista: “Temos a oportunidade de construir o Brasil que o povo espera de nós”, disse.

Rodrigo Maia defende aprovação da reforma da Previdência

Em seu discurso na abertura da sessão legislativa, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, destacou que o Congresso Nacional teve a maior taxa de renovação desde a Assembleia Nacional Constituinte. Ele afirmou que a presença de vários partidos exigirá esforço de negociações para a aprovação de reformas, como a da Previdência e a tributária.

Ele ressaltou que a reforma deverá ser adequada ao crescimento da economia, mas o texto deverá evitar que os sacrifícios exigidos sejam desproporcionais para a população. “Levando em conta os diferentes pontos de vista e exercendo o diálogo, temos plena condição de levar adiante essa reforma no ritmo e no tempo necessários à democracia”, disse.

Em mensagem ao Congresso, Bolsonaro propõe uma nova Previdência

Em mensagem presidencial ao Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro disse que o grande impulso de um novo ambiente para o país virá com o projeto da nova Previdência. "Estamos concebendo uma proposta moderna e, ao mesmo tempo, fraterna, que conjuga o equilíbrio atuarial, com o amparo a quem mais precisa, separando "previdência" de "assistência", ao tempo em que combate fraudes e privilégios". A mensagem foi lida no início oficial dos trabalhos legislativos. A nova Previdência proposta pelo governo, segundo a mensagem, vai materializar a esperança concreta de que os jovens possam sonhar com o futuro, por meio da Poupança Individual da Aposentadoria, um dos itens que estão sendo formulados. "É uma iniciativa que procura elevar a taxa da poupança nacional, criando condições de aumentar os investimentos e o ritmo de crescimento. É um caminho consistente para liberar o país do capital internacional. Ao transformar a Previdência, começamos uma grande mudança no Brasil. A confiança sobe, os negócios fluem, o emprego aumenta. E eis que se inicia um círculo virtuoso na economia. Não tenham dúvida disso! Essa é uma tarefa do governo, do Parlamento e de todos os brasileiros", diz o presidente Bolsonaro na mensagem, lida pela primeira-secretária da Mesa, deputada Soraya Santos (PR-RJ).

Dirigindo-se aos congressistas, Bolsonaro disse que, como a imensa maioria dos brasileiros, rejeita as ditaduras, a opressão, o desrespeito aos direitos humanos. "Rejeitamos, também, os modelos que subjugam o Poder Legislativo e os demais Poderes, seja por corrupção, seja por ideologia, ou ambos. Rejeitamos, ainda, a perseguição à oposição, a quem pedimos apenas: respeito ao país e dignidade no exercício de seu legítimo papel". "Um país só é livre se livre é seu Parlamento. Se respeita e zela pela Constituição. E um país só é desenvolvido se o seu Parlamento tem responsabilidade com a evolução, com a transformação e com o progresso. É hora de evoluirmos juntos - política e institucionalmente. É o mínimo que cada um de nós, depositários da esperança, deve ao povo brasileiro", afirmou o presidente.

Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895