Sala-cofre guardará documentos sigilosos enviados à CPMI do 8 de Janeiro
Apenas servidores e parlamentares autorizados entrarão no local; não será possível o acesso com celular ou máquina fotográfica
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Uma sala no Anexo 2 do Senado, no térreo, bem abaixo do plenário da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, será usada como "cofre" para guardar os documentos sigilosos enviados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), afirmou nessa terça-feira (27) que os documentos são "ultrasigilosos" e demandam uma "segurança maior".
A comissão fez até agora 22 pedidos de informações sigilosas ao STF, todas referentes a cópias de imagens do atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro e de inquéritos que tratam do ocorrido.
A sala-cofre, como o nome já diz, tem características de um cofre. Será trancada e terá acesso apenas servidores e parlamentares autorizados, mediante assinatura de termo de sigilo.
Proibido celular
Essas pessoas também não poderão entrar na sala portando celular, máquina fotográfica ou qualquer outro equipamento que "registre" ou "copie" parte dos documentos. O objetivo é evitar o vazamento de informações.
"Aliás, esses documentos da Abin, por sinal, já têm vazamento pra tudo que é lado. Quem acessar a internet já vai encontrar esses documentos. Então, praticamente, nem são mais sigilosos do ponto de vista material", completou Maia.
Divisão de sigilo
Outros dados sigilosos poderão ser consultados pelo sistema do colegiado. A proposta do presidente da CMPI é que os documentos que vierem do STF fiquem na sala-cofre; os demais ficam disponíveis pelo sistema próprio da CPMI para documentos sigilosos. Essas regras para acessar os documentos deverão ser aprovadas pelo plenário da comissão.
Arthur Maia sugeriu ainda que assessores de parlamentares tenham autorização para entrar na sala.