Senado cumprirá decisão sobre Ficha Limpa, diz Sarney
Presidente da Casa admitiu que decisão sobre a lei pode frustrar eleitores
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Ele admitiu que o entendimento pode trazer alguma frustração à população, já que a Lei da Ficha Limpa foi de iniciativa popular e, após amplo debate, acabou aprovada pelo Congresso. "A lei foi muito discutida e teve a finalidade de purificar o processo eleitoral", enfatizou.
O líder do PMDB na Casa, senador Renan Calheiros (AL), por sua vez, defende que a decisão do STF torna mais claro o processo eleitoral no País. "Havia uma certa instabilidade porque a decisão não tinha sido tomada no seu todo e, agora, (ela) estabiliza", disse. Com a decisão do Supremo, candidatos com “ficha suja” que tiveram registro negado pela Justiça Eleitoral poderão assumir o mandato.
Renan reconheceu, no entanto, que a lei significa um avanço. "A Lei da Ficha limpa estabelece avanços no processo político e eleitoral. Ela foi, sem dúvida, um ponto destacado na última eleição. Mas, se o Supremo entende (a aplicação) que não pode retroagir, é preciso respeitar a decisão", argumentou.
Em relação às prováveis mudanças que ocorrerão na bancada peemedebista no Senado, Renan disse que elas serão tratadas com "naturalidade". Com a decisão do Supremo, o PMDB no Senado poderá perder duas vagas e ganhar outras duas. Poderão deixa a Casa os senadores Gilvan Borges (AP) e Wilson Santiago (PB), enquanto Jader Barbalho (PA) e Marcelo Miranda (TO) poderão assumir suas cadeiras.